Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 90% da população querem se vacinar contra a covid-19 mesmo que seu imunizante de preferência não esteja disponível. No melhor estilo “sommelier de vacina”, 43% até gostariam de escolher, mas apenas 9% dizem que deixariam de se vacinar caso o imunizante oferecido não fosse o de sua preferência.
O levantamento da CNI ouviu 2 mil pessoas nos 26 estados e no Distrito Federal, entre 12 e 16 de julho de 2021. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
Entre as pessoas ouvidas, 71% afirmaram não ter marca preferida, 19% têm preferência, mas não deixariam de tomar a vacina, e apenas 4% disseram que têm preferência por um fabricante e, por isso, deixariam de se vacinar caso o imunizante disponível não fosse o desejado.
Nesta rodada da pesquisa, 47% dos brasileiros disseram ter medo grande ou muito grande do coronavírus. No fim de abril, este percentual era de 56%. A população também está mais confiante em voltar a frequentar estabelecimentos comerciais. Há três meses, 39% tinham muito medo de frequentar shoppings. Agora, este percentual recuou para 24%. O medo grande em relação a frequentar o comércio de rua também caiu de 36% para 28%. O mesmo se deu em relação ao receio de ir a bares e restaurantes, com recuo de 45% para 34% .
Ritmo lento
Para 68% da população, o ritmo de vacinação aumentou ou aumentou muito em julho, em relação a junho. No entanto, 62% ainda consideram o processo “um pouco lento ou muito lento”. Embora alto, esse percentual teve queda significativa, de 21 pontos percentuais, em relação às respostas de abril de 2021, na 3ª edição da pesquisa.
A maioria de quem tomou a primeira (70%) considera o critério de prioridade para a vacinação ótimo ou bom (na população total, são 62%). Esse percentual cai para 53% entre os não imunizados. Também entre quem já tomou a primeira dose, 90% consideram o atendimento ótimo ou bom no momento da vacinação, mas apenas 67% deles dizem ter tido facilidade no agendamento e 46% reclamam das filas nos postos de saúde.
Fonte: Portal R7