Entre as pessoas que o delegado da Polícia Federal, Josélio Azevedo de Sousa, quer ouvir sobre a Operação Lava a Jato está o diretor Corporativo e de Serviços da Petrobras, Zé Eduardo Dutra (PT). Na solicitação enviada ao Supremo Tribunal Federal pedindo autorização para ouvir quase 40 pessoas, o policial afirma que pretende aprofundar a apuração envolvendo o PT.
No início das investigações sobre a Operação Lava a Jato, a imprensa do Sudeste chegou a divulgar que Eduardo Dutra havia sido citado pelo Alberto Youssef como um dos beneficiados com as propinas. Em seguida, os mesmos jornais que veicularam a informação se desculparam com Dutra, alegando que, na verdade, o doleiro afirmou jamais ter tido qualquer contato com o ex-presidente da estatal e ex-senador sergipano.
Por está seriamente enfermo, Dutra se encontra de licença da Diretoria Corporativa e de Serviços da Petrobras. Aliás, ele foi o único dirigente preservado na estatal quando Graça Foster renunciou a presidência da Companhia e foi seguida por toda a diretoria.
Indicado para a Diretoria Corporativa e de Serviços em 2012, o ex-senador Zé Eduardo Dutra presidiu a Petrobras de 2003 a 2005, e fez parte do Conselho de Administração da companhia e da Petrobras Distribuidora. Em sua carreira, também foi presidente da Petrobras Distribuidora e exerceu a atividade de geólogo na Petrobras Mineração (Petromisa) e na companhia Vale.