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Rádio se reinventa para atingir novos públicos

A Rádio Liberdade de Sergipe foi a pioneira nas transmissões esportivas

O rádio, assim como todos os outros meios de comunicação, têm se adaptado às novas tecnologias. E repetiu, de certa forma, o processo vivido com a chegada da televisão, que propunha o rádio com imagem e daí absorveu os atores, os cantores e os técnicos, porque no Brasil não existia profissionais da área para operar o veículo. Com a chegada da internet, desde os anos 2000, veio um novo desafio.

E como meio de comunicação, o rádio é quem mais está se beneficiando com o conteúdo multiplataforma. “Porque muda completamente a característica da linguagem sonora, que no rádio é caracterizada pela efemeridade. Por ser passageira, as pessoas tinham de estar ouvindo naquele momento, senão perdiam a informação. Esse é o primeiro ponto”, assegura a professora Juliana Almeida, dos cursos de Comunicação Social da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe).

Por ser um investimento alto, nem todas as emissoras se tornaram multiplataforma, mas muitas delas trataram de criar seus espaços em redes sociais, como Facebook, Instagram e YouTube. De acordo com Juliana, “é impossível pensar em qualquer meio de comunicação que não tenha essa projeção na internet” e um dos fatores para isso é a mudança na linguagem do rádio, imposta pelas características da Internet, que tornam o conteúdo atemporal, acessível ao ouvinte-espectador a qualquer momento.

“A internet faz com que a linguagem radiofônica se torne perene. Justamente na parte dos podcast, isso vai liberar o ouvinte daquela obrigatoriedade de estar naquele momento tendo de ouvir o rádio. Ele pode ouvir aquele conteúdo em qualquer tempo. Lógico que a dinâmica do podcast é diferente das transmissões radiofônicas. Além disso, o rádio passa a ter ‘cara’. As transmissões pelas redes sociais, pelas mídias sociais, especialmente YouTube são transmissões com cada vez mais sucesso, porque dá a possibilidade do ouvinte entrar nesse imaginário sonoro que é o rádio”, argumenta Juliana, que também é pesquisadora em rádio e comunicação.

“Vendo” o rádio

Quem nunca sonhou como era a imagem dos locutores de rádio preferidos? Ao ouvir o rádio, formamos imagens mentais sobre quem é o que se está falando. “O rádio é um meio unissensorial, que através de sons tem que imaginar aquelas situações. Então o fato de fazer transmissões das apresentações dos programas, por mais que seja no estúdio, parado, já dá uma outra dinâmica em termos de produção, apresentação e mesmo na experiência do consumidor da informação”, diz a professora.

Ela cita como exemplo o programa A Voz do Brasil, gerado pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e no ar desde 1939. Além de transmitido obrigatoriamente pelo rádio, ele pode ser visto pela TV e pela internet. “Quem Imaginava isso? Hoje você pode acessar o site da EBC, da Rádio Nacional de Brasília, e consegue ver os apresentadores arrumados, num estúdio muito bonito, apresentando A Voz do Brasil”, citou, destacando que muitos outros programas de rádio também podem ser assistidos em multiplataforma.

Podcasts

Outro sinal de integração do rádio a outros formatos de mídia está nos podcasts, que podem ser baixados e ouvidos a qualquer momento, além de oferecer uma diversidade de assuntos e informações. Eles vêm ganhando milhões de espectadores e se constituindo um importante nicho de mercado. “Nos Estados Unidos, tem jornalistas ganhando muito dinheiro com podcast. Aqui no Brasil o número de ouvintes de podcast tem crescido bastante inclusive as grandes redes jornalísticas já estão apostando pesado em podcast, por ser uma mídia leve, que pode ouvir em qualquer lugar, e levar lá no celular, ouvir pelo fone, não ocupa muito espaço e nem gasta muita internet como o vídeo, e informa igual”, ressalta a professora.

Juliana acredita que o fato de o rádio agregar para si outras plataformas é uma forma de aproximá-lo dos jovens e renovar o seu público no futuro. “Essa adaptação é fundamental e o rádio é o rei dos meios de comunicação que tem de se adaptar às mudanças. Sempre decretam a morte do rádio, de repente o rádio ressurge e ocupa outros espaços, definiu Juliana.

Fonte: Ascom/Unit

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