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Em Aracaju tem fila de espera para ganhar um pangaré

Após serem apreendidos, os cavalos são tratados enquanto esperam pelos donos

Sem valor para muita gente, os cavalos pés-duro são disputados em Aracaju. Tanto é que existe até fila de espera para ganhar um pangaré, muitos deles estrupiados pelos maus-tratos recebidos. “Uma das poucas exigências feitas aos interessados nesses quadrupedes é que eles sejam levados para outras cidades”, explica Bira Rabelo, diretor de Espaços Públicos e Abastecimento da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb).

Os pangarés colocados à disposição do público são recolhidos nas vias públicas da capital e levados para o Centro de Apreensão, na zona norte da cidade. Ali, o estado físico do animal é avaliado por um veterinário. Os cavalos sadios são colocados em um pasto, onde aguardam 15 dias por seus responsáveis. Caso os donos não aparecerem para resgatá-los, o Centro viabiliza a adoção dos sadios. Bira Rabelo revela que muitos animais não são doados devido ao péssimo estado de saúde. “Alguns chegam tão desgastados que, não conseguem sobreviver por muito tempo”. O diretor ressalta que todos os cavalos apreendidos recebem cuidados veterinários.

Quando chegam no Centro de Apreensão os animais são avaliados pelo veterinário

Os cavalos doados pelo Centro não podem ser criados em Aracaju, São Cristóvão, Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro. “Essa proibição é porque cerca de 90% dos animais que doávamos para pessoas que moram em algum desses municípios voltavam a ser abandonados nas ruas”, salienta o diretor. Para ter direito a um pangaré é preciso dá entrada no protocolo de adoção e aguardar o contato das equipes, que será feito quando houver um disponível.

Captura e recuperação

A atuação das equipes de captura funciona 24 horas por dia, e a população pode contribuir com esse serviço. Para informar ou denunciar sobre animais soltos ou abandonados nas vias públicas de Aracaju, basta manter contato com a equipe de Centro de Apreensão pelo 99151-0315 ou ainda por meio da Ouvidoria da Emsurb, no número 3021-9908, de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 17h.

Este ano, até o último dia 23, foram apreendidos 825 animais, sendo que, cerca de 98% deles foram resgatados por seus tutores. Para obter o cavalo de volta, o órgão cobra uma taxa de apreensão no valor de R$ 100, que engloba a despesa com transporte, assim como uma diária de R$ 60. Se o animal precisar de tratamento médico, outra taxa, no valor de R$ 60, é acrescida. E você, tá interessando num pangaré? Pois entre na fila!

Fonte e foto: Ascom/Emsurb

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