Reunidos em assembleia geral, nesta terça-feira (11), os policiais civis de Sergipe aprovaram uma paralisação por 12 horas, em protesto contra a falta de diálogo do governo, que se recusa em pagar o adicional de periculosidade à categoria. Logo após a decisão, os agentes da SSP se dirigiram para a Central de Flagrantes de Aracaju, onde permanecerão de braços cruzados.
“Tentamos de todas as formas dialogar com o governador Belivaldo Chagas (PSD), mas ele tem se mantido irredutível”, disse Adriano Bandeira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE). O sindicalista lamentou que a Mesa de Negociação instalada pelo governo tenha se transformado numa “mesa de enrolação, pois não conseguiu prosseguir com as negociações em torno das reivindicações dos policiais”.
Os delegados de Polícia, os policiais militares e os bombeiros também se reuniram em assembleia nesta terça-feira com a mesma pauta: pagamento do adicional de periculosidade, mas ainda não deliberam. Antes das duas reuniões, os representantes dos PMs, delegados e policiais civis foram ao Tribunal de Contas de Sergipe pedir o apoio da presidência daquele órgão técnico.
Operação padrão
Os delegados, policiais militares e bombeiros militares aprovaram na assembleia desta terça-feira, estado permanente de mobilização, realização de uma caminhada até o Palácio dos Despachos, saindo do Viaduto do Terminal Dia, às 14h da quinta-feira (13) e de uma operação padrão. Pelo que ficou decidido, os delegados e PMs deverão obedecer a uma cartilha que estabelece não fazer publicidade da atividade policial; conduzir viaturas apenas que atendam os requisitos do CTB e que tenham condições ideais de tráfego; e não realizar patrulhamento, diligência ou atendimento de ocorrência com menos de três policiais na viatura.
O coronel Adriano Reis, presidente da Associação dos Oficiais Militares de Sergipe, gravou um vídeo apelando aos policiais militares e bombeiros para iniciarem uma operação padrão: