A Federação Única dos Petroleiros (FUP) denunciou novo surto de Covid-19 entre os trabalhadores da Petrobras. A direção da empresa, desta vez, admitiu. A explosão de casos atingiu as unidades da empresa nos últimos dias, causados pelo avanço da variante Ômicron.
Foram registrados 725 casos confirmados de infectados pelo coronavírus, segundo cálculos desta quinta-feira (13). Além disso, há um total de 1.041 suspeitos. Desde o início da pandemia morreram 59 trabalhadores. Os números foram apresentados pelo grupo de Estrutura Organizacional de Resposta da Petrobras (EOR) da Petrobras, em reunião com lideranças da FUP.
No encontro, A FUP solicitou que fosse discutido o novo avanço da contaminação por coronavírus nas dependências da companhia. Segundo o diretor de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) da FUP, Antonio Raimundo Teles, os números confirmam novo surto de contaminação na empresa, situação de risco seguidamente alertada pela FUP e sindicatos.
Aumentar horas trabalhadas
“Em meio a isso, é surpreendente que a gestão da empresa esteja preocupada, sobretudo, em defender os interesses da companhia”, afirmou Raimundo Teles, em referência à proposta apresentada pela Petrobras de aumentar de oito para 12 horas a escala de trabalho na empresa, em regime temporário e emergencial, como foi adotado no auge da pandemia, em março de 2020.
Para Teles, o aumento de escala não é o caminho adequado. Ao contrário, só penalizará o trabalhador física e mentalmente, sobretudo nas unidades offshore. “A empresa vem reduzindo seu efetivo e, agora, diante das baixas por Covid, quer sobrecarregar o trabalhador”, disse.
Cobrada pela FUP sobre providências adotadas diante do novo surto, a Petrobras informou a adoção do trabalho em regime híbrido, voltando à situação e regras que predominavam em dezembro de 2021, em cada unidade da empresa. Ou seja, no edifício sede, no Rio, um máximo de 40% dos empregados da área administrativa trabalhará até dois dias presenciais por semana.
Fonte: Site Revista Fórum