Aracaju tem ponte interditada neste domingo
16 de janeiro de 2022
Possível privatização do Banese é denunciada
16 de janeiro de 2022
Exibir tudo

Cuidado com os frutos do mar que você come na praia

Pelo regulamento, cada restaurante prepara um prato sobre a “comida do lugar”

Ir à praia e não petiscar uma porção de peixe ou camarão, ou mesmo tomar um suco natural daquela fruta típica da estação, pode ser uma tarefa difícil. Acontece que os frutos do mar e a água contaminada são os principais vilões quando o assunto é intoxicação alimentar no verão. Segundo Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), existem mais de 250 tipos de doenças transmitidas por alimentos, as chamadas DTA, que são infecções causadas principalmente por bactérias, vírus e outros parasitas.

A nutricionista Edvânia Soares, pós-graduada em vigilância sanitária e especialista em nutrição clínica, explica que, na maioria das vezes, a conservação inadequada dos alimentos é o que faz com que eles provoquem o mal-estar característico do problema, como diarreia, vômito, náusea, febre e dores abdominais.

“Normalmente não se sabe a procedência desses frutos do mar que estão sendo comercializados ou se foram conservados de maneira certa. É importante que esses alimentos fiquem em uma temperatura abaixo de 10 graus e, por serem perecíveis, só têm 24 horas de validade. Então, as chances desse produto passar é muito alta, até porque os ambulantes não têm um controle da quantidade exata que vão vender em um dia”, afirma.

A intoxicação alimentar

A comida já pode estar contaminada mesmo que esteja com o cheiro e textura agradáveis, de acordo com a nutricionista. Isso porque a contaminação ocorre em função do manuseio, do armazenamento e da temperatura em que ela está exposta, o que pode levá-la mais rapidamente ao processo de deterioração.

“Um alimento tem que estar em uma temperatura abaixo de 10 graus ou acima de 74. Nesse intervalo, principalmente entre 20 e 40 graus, é quando uma bactéria pode se desenvolver e conseguir se proliferar melhor”, destaca Edvânia.

Ao ingerir um petisco em más condições, o corpo até tenta combater os microorganismos nocivos, mas nem sempre é possível liquidá-los totalmente.

“O corpo tenta fazer o processo de digestão, existem bactérias boas para ajudar a digerir esse alimento, assim como temos as enzimas na boca para auxiliar o estômago. Mas se é uma bactéria com uma carga patogênica mais alta, ela pode cair no intestino. Às vezes essa bactéria boa do intestino não vai conseguir combater a ruim, então é quando aparecem os primeiros sintomas e o intestino começa a oscilar”, explica a nutricionista.

Como tratar

Evitar a desidratação é a principal medida durante o tratamento de uma intoxicação alimentar e isso pode ser feito com a ingestão adequada de água e isotônicos naturais, como a água de coco. Além disso, é importante procurar um atendimento médico para que a medicação correta seja administrada.

“Se a intoxicação não for tratada corretamente, ela pode levar até a morte, porque nesse processo de desidratação ocorre um comprometimento de todos os órgãos, a pessoa começa a ter tontura e até confusão mental”, ressalta a especialista.

Em casos de diarreia aguda, a Anvisa também recomenda a ingestão de sal de reidratação oral, que é disponibilizado gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Por outro lado, a agência contraindica o uso de bebidas esportivas, por não compensarem corretamente as perdas de fluidos e eletrólitos, e de antiperistálticos.

Fonte: Portal R7 (Foto: Diário do Turismo)

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *