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Em carta aos grevistas, empresário admite falência

Sem receber salários, os rodoviários estacionaram os ônibus na porta do Grupo Progresso

Em carta aos rodoviários, o empresário Adierson Monteiro, responsável pelas empresas de ônibus Progresso, Tropical e Autoviação Paraíso, admitiu a hipótese de falência do grupo caso a greve continue impedindo que os coletivos voltem a circular. “Se a decisão for de ‘desligar os aparelhos’ nada mais poderemos fazer em prol dos nossos trabalhadores, apenas nos restando a falência”, escreveu. Os empregados das três concessionárias estão de braços cruzados desde ontem (1º), cobrando o pagamento dos salários de dezembro e janeiro.

Segundo Adierson Monteiro, os recursos para pagar a folha de dezembro estavam no banco, mas foram bloqueados pela Justiça Federal visando o pagamento de impostos em atraso. A greve dos rodoviários das três empresas tirou de circulação 125 ônibus na Grande Aracaju. A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) da capital informou, nesta terça-feira (1º), por meio de nota, que a paralisação continua e que, por isso, iniciou uma operação para o sistema, acrescentando veículos das demais empresas nas principais linhas de ônibus afetadas para amenizar os impactos causados pelo movimento paredista.

Veja, abaixo, a carta onde o empresário admite a hipótese de falência das empresas:

“Senhores,

Sabemos que o momento é doloroso, não é da minha intenção desistir da história da empresa e de nossos colaboradores.

Estamos lutando com todas as forças para reverter essa situação, tudo que estava ao meu alcance foi feito, mas não posso trabalhar no campo das hipóteses e da mentira.
Contudo, como a decisão de retorno ao trabalho depende do pagamento 100% dos salários, não podemos cumprir com essa promessa apenas para ludibriar todos vocês.

Os dados foram apresentados, a realidade está posta, mas agora não depende mais da minha vontade pessoal em darmos sequência a essa luta por nossa sobrevivência.

Cada dia parado, representa ainda maiores prejuízos a todos nós e voltar a normalidade ficará cada vez mais difícil a partir de agora.

Certos de que fiz tudo o que foi possível, mas agora a nossa continuidade não depende apenas da minha vontade.

Quem quiser continuar lutando, vamos juntos, mas se a decisão for de “desligar os aparelhos” nada mais poderemos fazer em prol dos nossos trabalhadores, apenas nos restando a falência, desemprego e perdas gigantescas à todos nós.
Até breve.

Adierson Monteiro”

Com informação do  radialista Gilmar Silva (Foto: TV Sergipe)

 

 

 

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