Os propósitos da Igreja no Brasil com a realização da Campanha da Fraternidade deste ano foram apresentados pelo arcebispo metropolitano de Aracaju, dom João José Costa, em entrevista coletiva à Imprensa, na manhã desta quinta-feira (24). Há 64 anos, a campanha é promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e assumida por todas as dioceses. A edição deste ano tem como tema “Fraternidade e Educação” e o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31,26). Sua abertura oficial, na Arquidiocese, ocorre na Quarta-feira de Cinzas, 2 de março, às 16h30, durante santa missa na catedral metropolitana.
Dom João lembrou que a iniciativa da CNBB está ligada a caminhada quaresmal como um dos modos de viver a espiritualidade deste tempo favorável. É a terceira vez, frisou, que a Igreja no Brasil vai aprofundar o tema da educação em uma Campanha da Fraternidade. “A Igreja nos convida a promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário”, enfatizou o arcebispo.
Vários outros aspectos da CF 2022 e as sugestões para vivenciá-la nas comunidades paroquiais também foram apresentados, durante a coletiva, pelo padre Jadilson Andrade, pároco da paróquia São José e assistente eclesiástico para as campanhas; pelo professor José Lourenço Rodrigues, responsável pela equipe de campanhas na Província Eclesiástica de Aracaju (Sub região Pastoral 2), e por Marcos Roberto, coordenador da equipe de campanhas na Arquidiocese..
Veja, abaixo, os objetivos específicos da campanha deste ano:
1. Analisar o contexto da educação na cultura atual, e seus desafios potencializados pela pandemia.
2. Verificar o impacto das políticas públicas na educação.
3. Identificar valores e referências da Palavra de Deus e da Tradição cristã em vista de uma educação humanizadora na perspectiva do Reino de Deus.4. Pensar o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo, com a colaboração dos educadores e das instituições de ensino.
5. Incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum.
6. Estimular a organização do serviço pastoral junto a escolas, universidades, centros comunitários e outros espaços educativos, em especial das instituições católicas de ensino.
7. Promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres.