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Guerra não afeta exportações feitas pelo porto de Sergipe

A programação de embarques destinados à exportação segue normalizada no porto de Sergipe (foto: VLI)

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia ainda não afetou as exportações feitas pelo Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB), até porque atualmente não está havendo embarque de mercadorias destinadas aos portos russos. Esta informação é da VLI, administradora do TMIB, localizado na Barra dos Coqueiros. Segundo a empresa de logística, “a programação de embarques destinados à exportação segue normalizada”. E acrescenta: “Os clientes atendidos atualmente via litoral sergipano comercializam insumos diversos, como grãos e minérios”, revela a VLI.

Pelo Terminal Marítimo de Sergipe são exportados insumos diversos, como grãos e minérios (foto: Governo de Sergipe)

As exportações feitas atualmente pelo Terminal Marítimo Inácio Barbosa se destinam a traders situados nos Estados Unidos, China e países do oeste europeu. A empresa de logística reafirma que no presente momento não há destinação de cargas para portos no litoral russo. Em 2015, a empresa Multigrain Importação embarcou pelo TMIB os primeiros carregamentos de soja provenientes da Bahia para a Rússia. Na época, o governo de Sergipe alardeou que “a competitividade dos produtos agrícolas está diretamente ligada à eficiência logística no escoamento da produção, requisito preenchido pelo Terminal Marítimo Inácio Barbosa”.

Soja para os russos

Segundo o governo de Sergipe, em 2015, navios de pequeno porte abasteceram os russos com 150 mil toneladas de grãos, via o porto da Barra dos Coqueiros. Na época, secretários estaduais festejaram o aquecimento da economia sergipana por conta das exportações de grãos: “Para encher um navio com 30 mil toneladas de soja são necessários 1,5 mil viagens de carretas até o porto e isso significa a venda de mais óleo diesel pelos postos de combustíveis”, comemorou um técnico do governo. Em junho de 2018, também foram escoadas pelo Terminal Marítimo Inácio Barbosa 30 mil toneladas de soja para a Venezuela.

Em 2021, a VLI divulgou o primeiro embarque de milho no porto de Sergipe rumo à exportação. Conforme a empresa, entre junho e julho daquele ano, 60 mil toneladas de grãos produzidos no Oeste da Bahia foram exportadas para o mercado norte-americano. O milho chegou de caminhão, após percorrer cerca de 700 quilômetros em via rodoviária. Armazenados no porto, os grãos permanecem aguardando a programação do navio para exportá-los. Em maio de 2021, a VLI já havia anunciado a retomada do embarque de produtos do agronegócio via Sergipe, com o escoamento de 90 mil toneladas de farelo de soja para o exterior.

Soja, milho e farelo

Em comunicado recente, a VLI informou que “o embarque de soja, milho e farelo, a partir do TMIB, pode ser uma alternativa para pequenos e médios produtores da Bahia exportarem seus produtos. Localizado perto de importantes corredores logísticos e rodovias, como a BR-101, o terminal dispõe de área alfandegada e está apto para receber navios de vários portes”, propagandeou a empresa. O porto de Sergipe movimenta granéis sólidos e líquidos e a operação offshore (suporte para as embarcações de apoio as plataformas de petróleo próximas à costa). Os principais produtos embarcados e desembarcados no TMIB são minério de ferro, cobre, manganês, cimento, clínquer, coque e fertilizantes, entre outros.

Por Adiberto de Souza

 

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