Visando coibir a pesca de arrasto irregular foi desencadeada no litoral de Sergipe a “Operação Arrastão”. Participam da ação policiais da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico e o Grupo Especial de Polícia Marítima da Polícia Federal, além de técnicos do Ibama, ICMBio e Marinha do Brasil.
Por se tratar de modalidade altamente predatória, a pesca de camarão com a utilização de arrasto motorizado é proibida em toda a zona localizada a menos duas milhas náuticas da costa, para garantir a reprodução da fauna marinha e evitar a captura acidental de outras espécies, como as tartarugas, que utilizam esta área litorânea para desova.
Estima-se que para cada quilo de camarão capturado nas redes de arrasto motorizado, 10 quilos de outros animais, incluindo peixes, crustáceos, tartarugas e invertebrados são mortos e simplesmente devolvidos ao mar. Mesmo conhecendo a proibição, já que tais informações são amplamente difundidas entre as colônias, muitos pescadores insistem em pescar nos locais interditados.
Caso sejam encontrados em tais condições, os pescadores poderão ser autuados em flagrante e responder pela prática do crime previsto no artigo 34, caput, c/c Parágrafo Único, inciso II, da Lei n. 9.605/98, punido com até três anos de detenção e multa, além de terem os barcos e produtos da pesca apreendidos.
Até o momento, não foram identificadas embarcações em situação irregular. A Polícia Federal salienta que a atividade terá continuidade, pelas próximas semanas, uma vez que a pesca tende a se intensificar no período que antecede o defeso.
Fonte e foto: Ascom/PF-SE