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Perfuração de poço na costa de Sergipe frustra petrolífera

A perfuração do poço estava prevista para se estender por dois meses

A Enauta informou que foi concluída a perfuração, a perfilagem e a avaliação final do poço exploratório no Bloco SEAL-M-428, denominado 1-EMEB-3-SES, sem ter sido constatada a ocorrência de hidrocarbonetos. Com isso, os papéis ENAT3 fecharam em baixa de 5,85%, a R$ 21,23. A empresa realizará estudos complementares para atualizar sua visão quanto ao potencial exploratório dos blocos situados em águas ultraprofundas na Bacia Sergipe-Alagoas.

A perfuração do primeiro de dois poços exploratórios no Bloco SEAL-M-428 começou no dia 21 de fevereiro através da sonda West Saturn, da Seadrill, em lâmina d’água de 3.093 metros. O SEAL-M-428 e o SEAL-M-351 são operados pela ExxonMobil em parceria com a Enauta e a Murphy. A licença ambiental de Sergipe é válida por cinco anos, sendo que o plano da ExxonMobil prevê inicialmente a perfuração de apenas um.

De acordo com o Morgan Stanley, o anúncio da não ocorrência de hidrocarbonetos uma “surpresa”, pois a expectativa era que os resultados finais não sairiam em menos de um mês, e lembrou que a perfuração de novos poços no bloco estaria condicionada ao resultado do primeiro poço.

“Embora o comunicado mencione que o consórcio realizará estudos complementares com os resultados do poço para atualizar sua visão quanto ao potencial exploratório das águas ultraprofundas da bacia de Sergipe-Alagoas, acreditamos que o entusiasmo inicial com a área pode se dissipar, e há uma chance de que nenhum outro poço seja perfurado naquele bloco específico”, diz a análise.

A Enauta ainda detém participações em outros oito blocos na bacia de Sergipe-Alagoas. Por enquanto, o Morgan Stanley acredita que o sentimento em relação à campanha de exploração será negativo.

Ativos foram adquiridos em 2015

Os dois ativos são oriundos da 13ª Rodada, tendo sido adquiridos em 2015, originalmente pela Enauta, que arrematou sozinha as áreas. Em 2017, a empresa brasileira formalizou operação de farm-out com as duas petroleiras estrangeiras, transferindo 50% de participação para a ExxonMobil, junto com a posição de operadora, e 20% para a Murphy, mantendo apenas 30% do ativo.

O consórcio ExxonMobil, Enauta e Murphy mantém outras sete áreas exploratórias na Bacia de Sergipe. O navio-sonda West Saturn estava na locação desde dezembro, aguardando o aval do Ibama. Antes de seguir para Sergipe, a sonda executou as campanhas da ExxonMobil de de Titã, na Bacia de Santos, e Opal, na Bacia de Campos.

Fonte: Portal Infomoney

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