Insatisfeitos com as promessas de melhoria salarial não cumpridas do governo Bolsonaro, representantes de entidades dos policiais federais não descartam uma paralisação dos serviços. Os agentes da lei não escondem um o “sentimento de surpresa e descontentamento” pelo reajuste linear de 5% para o serviço público federal anunciado pelo Executivo.
Na tentativa de conter a possível greve, o ministro da Justiça, Anderson Torres, que também é delegado da Polícia Federal, afirmou que existe um interesse do governo Bolsonaro em trabalhar a parcela da recomposição inflacionária para todo o serviço público. No entanto, para a categoria, “tal ação não obsta o andamento da reestruturação das polícias da União e destacam que o projeto de recomposição inflacionária é diferente da proposta de reestruturação”.
“Mais ainda, quando os valores citados em diferentes meios exigirá a apresentação de novo Projeto de Lei. Lembraram também que os 1,7 bilhões de reais destinados à reestruturação das polícias da União constam da LOA 2022”, diz o posicionamento das entidades. A categoria deve realizar assembleias gerais extraordinárias com suas bases para deliberar sobre as próximas medidas a serem adotadas no contexto de mobilização para que a medida provisória da reestruturação das polícias seja assinada com urgência. Protestos e paralisações não foram descartados.
Fonte: Correio Braziliense