Entre janeiro e abril deste ano, o número de casos de dengue aumentou no Brasil exagerados 135%, na comparação com o mesmo período de 2021. Esta disparada da doença divulgada pelo Ministério da Saúde também é um fenômeno socioeconômico. Dois estudos publicados esse ano já analisaram cidades distintas do Brasil onde há uma relação direta entre queda de renda e aumento no número de casos de dengue.
Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alexandre Naime, as vítimas do mosquito Aedes aegypti “são pessoas que vão morar em locais menos propícios a ter saneamento básico de qualidade, próximos de rios, passaram a ter menos condição de fazer uma limpeza correta da casa e vão ter que acumular lixo ou material de reciclagem por terem perdido o emprego”, frisou.
A descoberta de uma nova cepa da dengue no Brasil é um possível agravante do cenário. “Além de mais transmissível, essa variante do vírus provoca formas mais graves da doença, com fenômenos hemorrágicos e de queda de pressão arterial”, explica Naime. A identificação desta cepa no Brasil foi comunicada pela Fundação Oswaldo Cruz no último dia 5.
Fonte: Portal da Rede CNN