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Pedido de vista suspende julgamento de Valmir e Talysson

Só depois das eleições a Justiça Eleitoral reconheceu que Valmir e Talysson são elegíveis

Pedido de vista feito pelo ministro Carlos Bastide Horbach, do Superior Tribunal Eleitoral, suspendeu, nesta quinta-feira (2), o julgamento do recurso apresentado pelo ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho e do filho dele, deputado Talysson – ambos do PL. Os dois recorreram contra a cassação do mandato parlamentar e da consequente inelegibilidade por oito anos, que também alcança o pai. Antes do pedido de vista, porém, o ministro-relator Sérgio Silveira Banhos votou pela manutenção da punição imposta aso dois políticos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe.

A defesa do ex-prefeito e pré-candidato a governador de Sergipe, e do deputado alegou que ambos não utilizaram a administração municipal de Itabaiana em favor da campanha de Talysson, pois a cor azul é usada pela Prefeitura desde 2013, tendo o então candidato a deputado só feito uso da mesma cor na campanha de 2018. A acusação, contratada pelo suplente Robson Viana (PT) ,alegou o contrário. O advogado lembrou que, ano passado, a deputada estadual Diná Almeida (Pode) foi cassada justamente porque se beneficiou da chamada “onda azul”, promovida pela Prefeitura de Tobias Barreto, administrada pelo esposo dela, Diógenes Almeida (Pode).

O ministro-relator Sérgio Banhos também entendeu que o uso excessivo da cor azul pela Prefeitura de Itabaiana, principalmente no período da campanha eleitoral de 2018, beneficiou sobremodo Talysson de Valmir, que terminou sendo eleito o deputado estadual mais votado de Sergipe. Segundo o ministro, o ex-prefeito usou a máquina pública para potencializar a campanha do filho, a ponto de insinuar nos comícios que a eleição de Talysson seria a continuidade de seu trabalho em favor de Itabaiana.

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