A Centrais Elétricas de Sergipe (Celse) e Transportadora Associada de Gás (TAG) assinaram um contrato para interligação do terminal de gás natural liquefeito (GNL) de Sergipe à malha de gasodutos de transporte. A expectativa é que a conexão demande investimentos de R$ 300 milhões e esteja em operação em 2024. A usina da Celse está localizada no município sergipano da Barra dos Coqueiros.
A interligação permitirá que o gás importado pela Celse seja injetado na rede de gasodutos e possa ser retirado em qualquer outro ponto da malha nacional. A obra é importante para as pretensões da Eneva de se consolidar como uma comercializadora de gás natural. A companhia assinou, na semana passada, contrato para compra da Celse junto à New Fortress Energy e Ebrasil.
A negociação não inclui a aquisição do terminal de GNL, que abastece a usina Porto de Sergipe I (1,593 GW), mas o ativo continuará afretado à termelétrica até 2044. Da capacidade total da planta de regaseificação, de 21 milhões de m³/dia, há uma capacidade ociosa, hoje, da ordem de 15 milhões de m3/dia, para desenvolvimento de novos negócios.
Gasoduto de 25 km
Pelos termos do acordo, a TAG ficará responsável pela instalação de um gasoduto de cerca de 25 km e das infraestruturas de acesso necessárias. Já a Celse fará um pagamento mensal de uma tarifa de conexão, ao longo de 30 anos, para remunerar os investimentos a serem realizados pela TAG.
O gasoduto de interligação do terminal sergipano deve entrar em operação comercial a partir de meados de 2024. Em nota, a TAG destacou que o contrato representa “mais um importante avanço no processo de abertura e expansão do mercado de gás natural no Brasil, materializado pelos princípios da Nova Lei do Gás” — que completou um ano de vigência em abril.
A Eneva acredita que a compra da Celse permitirá à empresa compor um mix de gás nacional e importado, de diferentes origens e preços, e assim alavancar os planos da companhia de se consolidar como uma comercializadora de gás natural.
Fonte: Portal epbr