O Sebrae vai sediar, nesta quarta-feira (6), o Encontro Estadual dos Carcinicultores. Marcado para às 8h30 em Aracaju, o evento reunirá pesquisadores, técnicos governamentais, acadêmicos e criadores de camarão para discutir o futuro da carcinicultura em Sergipe e no Brasil.
A carcinicultura é um ramo específico da aquicultura voltado para a criação de camarão em cativeiro, tanto na forma de cultivo marinho ou de água doce. É uma atividade em franca expansão no Brasil, sendo uma das formas de negócio mais lucrativas que existem.
A programação do encontro contará com um painel de debates e palestras com José Milton Barbosa, professor adjunto da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Óscar Luis Sanchez, consultor técnico equatoriano com mais de três décadas no mercado da aquicultura, José Milton Moreira Carrico, professor do curso técnico em Aquicultura do Instituto Federal de Sergipe (IFS) e do carcinicultor Ícaro Freire Bento. A moderação fica sob a responsabilidade do engenheiro de pesca Salustiano Marques.
O evento é realizado pelo Sebrae em parceria com a Associação dos Criadores de Camarão do Estado de Sergipe (Aces). O Sebrae fica localizado na Avenida Tancredo Neves, 5.500, Bairro América.
Atividade em expansão
Segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), entre 2016 e 2020 a produção de camarão no Brasil cresceu mais de 80%, saindo de 60 mil para 112 mil toneladas. A Região Nordeste é a principal produtor do país, respondendo por 99% dos camarões criados em cativeiro. Sergipe é responsável por cerca de 7% desse total.
Apesar desse aumento, o consumo do produto ainda é baixo, não ultrapassando 70 g/mês, o que indicaria um potencial ainda maior para absorver aumentos de produção. O mercado segue em recuperação da queda ocorrida em função pandemia. Com a diminuição brusca da procura por hotéis e restaurantes, principais mercados consumidores do produto, o preço do quilo de camarão caiu e os custos de produção, principalmente da ração, aumentaram
Contudo, com a volta das atividades à normalidade, o quilo do camarão segue em elevação. A exportação do produto ainda é pouco representativa no Brasil, com a comercialização ainda sendo voltada para o mercado interno.
Entre os principais desafios que precisam ser superados pelos criadores estão a falta de políticas públicas específicas para o setor, a gestão hídrica e ambiental dos criadouros e a complexa relação de vendas no mercado interno.
Fonte e foto: Sebrae/Sergipe