A energia solar fotovoltaica ultrapassou em potência gerada as usinas termelétricas movidas a gás natural e biomassa e se tornou a terceira maior fonte da matriz elétrica brasileira, atrás apenas das hidrelétricas e das eólicas, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), com base em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
No total, a energia solar gera 16,4 gigawatts (GW), 8,1% do total, em grandes usinas e em projetos de geração própria, ante os 16,3 GW do gás natural e os 16,3 GW da biomassa. As hidrelétricas lideram com 109 GW de capacidade instalada (53,9% do total), e as eólicas seguem em segundo lugar, com 21,9 GW de potência (10,8%).
Segundo a associação, desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 86,2 bilhões em novos investimentos, R$ 22,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 479,8 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 23,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
De acordo com Carlos Dornellas, diretor da Absolar, as usinas de energia solares podem gerar energia a preços até dez vezes menores do que os de termelétricas fósseis ou importada de outros países, duas maneiras acionadas de forma emergencial pelo governo para lidar com a escassez de chuvas que afetou a geração das hidrelétricas em 2021. “A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população”, comenta Dornellas.
Fonte: Primeiro Jornal