Não tem vacina CoronaVac no Brasil para imunizar as crianças de 3 e 4 anos. A má notícia foi dada, nesta quarta-feira (20) pelo governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Segundo ele, só agora o Instituto Butantan vai voltar a importar Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da China para retomar a produção da CoronaVac. Por falta dessa vacina no país, boa parte dos estados, inclusive Sergipe, ainda não começou a vacinar a nossa criançada. Só estão aplicando o imunizante as Prefeituras que ficaram com sobras dessa vacina produzida pelo Instituto paulista.
O governo de São Paulo informou que serão importados 8 mil litros do produto da farmacêutica Sinovac para a produção de 10 milhões de doses do imunizante, todas destinadas à vacinação de crianças de 3 e 4 anos. A previsão do governo paulista é que as primeiras doses fiquem prontas em agosto. A aplicação da CoronaVac nessa faixa etária foi aprovada por unanimidade pela Anvisa, na semana passada, e teve o uso recomendado pelo Ministério da Saúde dois dias depois. Até então, a vacinação infantil contra a doença atingia apenas crianças e adolescentes de 5 a 17 anos.
“Tomamos essa decisão hoje, antes mesmo da inclusão no PNI (Programa Nacional de Imunizações), para que a gente tenha vacina suficiente para vacinar as crianças de São Paulo e colocá-las à disposição do Ministério da Saúde para vacinar as crianças do Brasil. A importação deve levar algumas semanas para que, se possível, no mês de agosto, a gente tenha essas vacinas disponíveis e poderemos começar a imunização dessas crianças”, afirmou o governador paulista, em nota.
A primeira vacina
A CoronaVac foi a primeira vacina contra a Covid-19 a ser aplicada no Brasil. A epidemiologista Carla Domingues, ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, destaca que o imunizante foi fundamental na luta contra a doença. Ao todo, o Instituto Butantan forneceu 100 milhões de doses de CoronaVac ao Ministério da Saúde. A última remessa foi entregue em setembro. Desde então, o governo Jair Bolsonaro optou pelas vacinas da Pfizer e da AstraZeneca e, por isso, o Butantan deixou de produzir a CoronaVac.