O Ministério Público da Bahia se manifestou pelo indeferimento dos pedidos feitos pela Polícia da Bahia de decretação das prisões temporárias do empresário sergipano Sérgio Gama (MDB) e outras 15 pessoas. O emedebista e demais envolvidos no inquérito são acusados de ameaçar posseiros em uma propriedade no município baiano de Itapicuru. Tão logo o pedido de prisão foi protocolado na Justiça, a defesa de Gama disse que ocorreu o “uso de informações falsas com o único intuito de manchar a sua honra e imagem”, já que ele é candidato a vice-governador de Sergipe.
No ofício à Justiça, o promotor Saulo Rezende Moreira também propôs indeferimento do pedido de expedição de mandados de busca e apreensão para os 15 endereços especificados na representação, ressalvando-se a possibilidade de surgirem novos elementos posteriores que recomendem as medidas ora pleiteadas”. A defesa de Sérgio Gama disse, ainda, que sempre acreditou na inocência do empresário sergipano e que vai tomar todas as providências jurídicas para comprovar que ele nada tem a ver com as acusações, assim como buscar punir seus acusadores.
Nota da coligação
A Coligação Sergipe da Esperança, que tem como candidatos a governador e a vice, respectivamente, Rogério Carvalho e Sérgio Gama, divulgou nota, no último dia 5, atribuindo o pedido de prisão do emedebista à “perseguição política”.
Veja abaixo:
“Perseguição política contra o empresário Sérgio Gama
Pedido de prisão emitido pela justiça da Bahia é feito sem qualquer solicitação de esclarecimentos ao empresário que, publicamente, é conhecido pela retidão no setor empresarial
O empresário Sérgio Gama (MDB) foi surpreendido com a notícia de um documento judicial com pedido de prisão que circulou no mesmo dia em que os partidos da coligação Sergipe da Esperança apresentam o nome dele na chapa majoritária para concorrer ao governo do Estado de Sergipe.
De acordo com a assessoria jurídica do empresário, que é conhecido por ter uma vida empresarial transparente, o documento da justiça da Bahia apresenta arbitrariedade num pedido de prisão, onde sequer o Sérgio Gama foi convocado para quaisquer esclarecimentos.
Em nota, os advogados explicam que as acusações são mentirosas e desprovidas de qualquer prova. E afirmam que houve o uso de informações falsas com o único intuito de manchar a honra e imagem de Sérgio Gama.
Chegando ao ponto de haver no documento judicial um depoimento que faz acusações graves de uma suposta presença e interferência da mãe do empresário, Aparecida Gama, desembargadora aposentada, quando a mesma nunca esteve no município citado.
Os advogados ressaltam, ainda, que o empresário Sérgio Gama comprou as terras no interior da Bahia, no município de Itapicuru, de propriedade da CalTrevo com toda a documentação legalizada.
E lamentam que “coincidentemente” estes fatos são apresentados durante o pleito eleitoral. Abrindo precedente de que esta ação na justiça tenha finalidade política de prejudicar a reputação do respeitado empresário.
Confiamos em Sérgio e acreditamos que ele está sendo vítima de uma reação típica de setores políticos que, por falta de conteúdo, de propostas para a sociedade e de incapacidade de tratar a política num nível elevado, procura desconstruir imagens e atacar a honra de quem se apresenta para enfrentar aqueles que se acham donos do poder.”.