Brasil terá que disputar vaga para Jogos Olímpicos

A vaga direta por equipe para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro passou próximo da Seleção de Ginástica Artística Feminina. A jovem equipe brasileira se saiu muito bem na fase classificatória do Mundial de Glasgow, na Escócia, e por uma diferença pequena de pontuação não ficou entre as oito primeiras e não se classificou para as finais, assim terá que disputar o evento-teste classificatório para 2016, no mês de abril, quando mais quatro Seleções se classificam.

O Mundial deste ano está muito equilibrado, prova disso é que equipes tradicionais como a Romênia e Alemanha também não se classificaram e terão que percorrer o mesmo caminho do Brasil para chegar às Olimpíadas. Como fazia parte da quarta subdivisão, a Seleção se apresentou, garantiu 221,861 pontos e teve que esperar para saber o resultado dos concorrentes. A Holanda, com séries limpas e sem erros, conseguiu superar o Brasil ao somar 222,354 e, assim, ficou com a oitava vaga, deixando o Brasil em nono.

“Competimos mal na paralela, que é um aparelho que ainda precisamos trabalhar mais. Fizemos uma competição de trave maravilhosa, mas erramos nesse aparelho e isso fez a diferença. A Holanda fez uma prova de paralela limpa e não falhou em nenhum aparelho. Mas, no geral, melhoramos em tudo e ainda estamos sem uma grande ginasta que é a Rebeca e que faria a diferença”, resumiu a coordenadora da Seleção Feminina, Georgette Vidor.

O que muda de agora em diante para a Seleção até chegar aos Jogos Olímpicos é a estratégia de competição, segundo Georgette. “Teríamos um treinamento diferente daqui em diante se já tivéssemos nos classificado. Eles seriam mais voltados para os Jogos Olímpicos. Agora, o foco passa a ser outro. Essa competição passa a ser alvo para nós. Mas, vendo pelo lado positivo e estratégico, vamos ter uma competição por equipe dentro do nosso País antes dos Jogos. Vamos ter uma prévia, dentro do ginásio onde vamos competir, com público etc. Vai ser um grande teste e um grande treinamento”, acrescentou.

O fato positivo do Mundial de Glasgow é que a nova geração de atletas do País mostrou um potencial enorme, com a classificação das estreantes Lorrane Oliveira e Flávia Saraiva para as finais do Individual Geral. Lorrane foi a 11ª colocada (56,365) e Flávia a 14ª (55,798). “Temos duas ginastas na final. No último Mundial não tivemos ninguém. São duas meninas novas, então, se compararmos com o resultado do ano passado estamos muito bem. Aumentamos 2,5 pontos e saímos da 16ª para a nona posição. Então, acho que no geral, fomos bem”, concluiu Georgette.

Os países que irão competir no evento-teste feminino São: Brasil, França, Bélgica, Alemanha, Rússia, Austrália, Coreia do Sul e Suíça.

Fonte e foto: CBG