Sergipe está há nove dias sem morte por covid-19
15 de setembro de 2022
Desfiles escolares alteram o trânsito em Aracaju
15 de setembro de 2022
Exibir tudo

Vai começar a temporada de desova das tartarugas

A tartaruga-oliva é muito comum nas praias de Sergipe

A temporada reprodutiva das tartarugas marinhas está se aproximando e com ela chega também toda a expectativa de quem, junto com a Fundação Projeto Tamar, possui a missão de promover a recuperação das populações das cinco espécies de tartarugas encontradas no Brasil. Os preparativos envolvem biólogos, oceanógrafos, trainees e estagiários, profissionais que integram a equipe de pesquisa da Fundação Tamar.

Também estarão envolvidos na operação os colaboradores locais do Projeto, monitores e atendentes dos centros de visitantes, toda a equipe das lojas, confecções, restaurante, administrativo e comunicação, além dos tartarugueiros, pescadores e agentes locais, que desde 1988, têm um papel importantíssimo e que até hoje acompanham a “caminhada da conservação”.

O monitoramento de praias está sendo intensificado no litoral de Sergipe e outros estados onde ocorre a desova. “A equipe está muito animada com a próxima temporada de desovas de tartarugas marinhas., que se em novembro deste ano e vai até maio de 2023. Nos últimos anos temos um crescente número de desovas de tartaruga-de-pente e, claro, de filhotinhos. Na temporada passada, nasceram cerca de 70 mil tartaruguinhas, onde 99% correspondem a essa espécie, ameaçada de extinção”, explica Eduardo Lima, um dos coordenadores regionais do Tamar.

Retomada das atividades de educação

Nessa nova temporada o Projeto Tamar espera comemorar 45 milhões de tartaruguinhas protegidas e devolvidas ao mar por atividades como essas. E não é apenas esse número impressionante que se espera atingir. Os técnicos envolvidos na operação acreditam ser possível a retomada integral das atividades de educação e sensibilização ambiental que normalmente reuniam milhares de pessoas, como as atividades de caminhada de filhotes ao mar, e que foram suspensas devido a pandemia do Covid-19. No último ano que essas ações aconteceram integralmente, cerca de 1 milhão de pessoas participaram diretamente dessas atividades, tanto nas praias como nos centros de visitantes do Projeto Tamar.

Sergipe está entre os locais onde a tartaruga-verde desova

“Essa temporada reprodutiva de 2022/23 tem algo muito especial”, diz Fábio Lira, biólogo executor da base de Abaís, em Sergipe. “Ela representa o retorno às atividades após um período muito complexo que passamos durante a pandemia e que trouxe muitas incertezas quanto aos anos seguintes, e possibilita um maior envolvimento e a participação do público em algumas das nossas atividades (caminhada de filhotes e abertura de ninhos). As escolas situadas no entorno das nossas bases já estão retomando os contatos e solicitando nossa participação presencial nas atividades letivas e para a realização de caminhadas dos filhotes com os estudantes, momento que eles apreciam bastante e aproveitamos para falar sobre a importância da proteção do Meio Ambiente e das tartarugas marinhas”.

Das sete espécies de tartarugas marinhas do mundo, cinco são encontradas no Brasil, se alimentando e reproduzindo. A tartaruga-cabeçuda, a tartaruga-de-pente, a tartaruga-de-couro, a tartaruga-oliva e a tartaruga-verde. Segundo a última publicação da Lista de Vermelha de Espécies Ameaçadas brasileiras, quatro das cinco espécies de tartarugas marinhas encontram-se em algum grau de ameaça de extinção.

As ameaças são muitas, como as luzes artificiais na orla, a interação com as atividades de pesca e a poluição marinha, mas ações como as desenvolvidas pelo Projeto Tamar há mais de 40 anos, juntamente com o esforço feito por outras instituições e pela sociedade como um todo, são fundamentais e devem ser continuadas para garantir a proteção desses animais incríveis no Brasil.

Fonte e fotos: Projeto Tamar

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *