Sergipe é o 4º estado do Nordeste e o 6º do Brasil com empresas que têm mulheres como donas ou sócias majoritárias. É o que revela um estudo inédito da Serasa Experian. De acordo com o levantamento, das 20,6 milhões de empresas ativas no país, 8,4 milhões, o equivalente 40,5%, têm mulheres no comando. No recorte por estados, os dados indicam que sete dos 10 com maior incidência de negócios com líderes do gênero feminino são da região nordestina.
Do total de 8,3 milhões de empresas dirigidas por mulheres, que considera os dados nacionais, 84,7% possuem uma única sócia enquanto no universo masculino, esse percentual é menor, de 77,4%. Elas começam a empreender mais cedo que os homens, sendo 36,3% com idades entre 20 e 39 anos. Ainda de acordo com a pesquisa, as empresas brasileiras com até 2 anos de atuação são majoritariamente dirigidas por mulheres (17,2%) do que por homens (14,2%). A maior taxa de representação feminina ocorre na faixa de 3 a 5 anos de existência, com 28,8% para elas e 25,3% para eles.
No ranking nacional dos 10 principais setores, o comércio de confecções em geral (10,7%) aparece com mais frequência para elas, e indústria de confecções em geral como o menor índice de representatividade (2,1%).
“Estamos focados em apoiar o empreendedorismo no país. Cerca de 29% dos negócios não sobrevivem mais que cinco anos no Brasil e o pilar essencial para reverter essa realidade é investir na saúde financeira. Isso significa dar mais acesso à informação, linhas de crédito e, principalmente educação para um desenvolvimento sustentável. Especificamente sobre a presença feminina no setor, é imprescindível que possamos fomentar a capacitação para que cada vez mais mulheres tenham a oportunidade de se preparar para ocuparem esses lugares”, declara Cleber Genero, vice-presidente de pequenas e médias empresas da Serasa Experian.
Quando o assunto é crédito
Quando o assunto é crédito, cerca de 70% das líderes dos negócios no país têm score pessoa física acima de 500, ou seja, menores as chances de inadimplência e maior a possibilidade de conseguir um empréstimo, cartão de crédito, financiamento ou crediário, por exemplo. Quando olhamos o score pessoa jurídica, a situação é inversa. 79,7% delas têm o score pessoa jurídica abaixo de 400.
“O que a gente observa é que embora o hábito de monitoramento do Score PF já seja um hábito do brasileiro, o mesmo não ocorre quando ele tem uma empresa e um Score PJ. Muitas misturam as finanças pessoais com as do negócio. Além disso, elas não possuem o hábito de construir um histórico de capacidade de pagamento do negócio e não monitoram o score da empresa. A preocupação do Score PJ deve ser a mesma com o Score PF. Uma melhor pontuação no score PJ irá auxiliá-las na hora de obter crédito e direcioná-las para ações que melhorem a saúde de seus negócios”, explica Genero.
Foto: Sebrae