O Carnaval de Aracaju aboliu, há anos, as simpáticas figuras do Rei Momo e da Rainha do Carnaval. Portanto, a folia deste ano, agendada para o período de 17 a 21 de fevereiro, será, mais uma vez, sem o Monarca da Alegria e sua dileta companheira real. O Rei Momo mais famoso pelas bandas da capital de Sergipe foi Altamiro Carvalho, falecido em 2014, aos 79 anos de idade. Músico e sargento da Polícia Militar, o fidalgo se anunciava como o “Primeiro e Único”. Após a morte de Altamiro, a Prefeitura ainda “elegeu” alguns monarcas, porém, de alguns anos pra cá, deixou de escolher um animado casal para reinar durante a folia.
O jornalista Luciano Correia, presidente Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), explica porque o Rei Momo e a Rainha perderam as coroas. Segundo ele, se houvesse uma demanda dos segmentos que festejam o Carnaval no mercado privado, talvez fosse nomeado um casal real para o período momesco, mas sem um Carnaval organizado pela Prefeitura não existe a possibilidade de se escolher o Rei e a Rainha para a folia da capital.
Essa decisão da Prefeitura de Aracaju, porém, não impede que, até fevereiro próximo, apareçam interessados em reivindicar as coroas de Rei Momo e Rainha do Carnaval. Quem agir assim, contudo, o fará por conta risco, pois a administração municipal não tem interesse em patrociná-los, como fazia na época do simpático Altamiro Carvalho, “o Primeiro e Único”.
Rei Momo
Segundo a Wikipédia, o Rei Momo é um personagem da mitologia grega que se tornou um símbolo do Carnaval. É ele quem comanda a folia. Possui uma personalidade zombeteira, delirante e sarcástica. Filho do sono e da noite, e acabou expulso do Olimpo – morada dos deuses – porque tinha como diversão ridicularizar as outras divindades. No Brasil se criou a figura da Rainha do Carnaval para que o simpático monarca não andasse por aí sozinho.
Por Adiberto de Souza