Clientes vão receber mimos no Dia do Hospitalidade
26 de janeiro de 2023
Lançada a 38ª edição da corrida Cidade de Aracaju
26 de janeiro de 2023
Exibir tudo

Período de defeso do caranguejo termina hoje

Nesta época do ano os caranguejos estão “de leite”

Termina nesta sexta-feira (27) o primeiro período de defeso do caranguejo-uçá deste ano. Iniciada no último dia 22, a fase de proibição da captura do crustáceo visa garantir a reprodução da espécie e sua preservação na natureza. De acordo com portaria da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a captura, transporte, beneficiamento, industrialização e comercialização do caranguejo-uçá estão proibidas no ano de 2023 no período de 22 a 27 de janeiro, de 21 a 26 de fevereiro e de 22 a 27 de março.

Nesta época do ano os caranguejos estão “de leite”: essa expressão popular significa que o crustáceo está passando pelo processo chamado “equidíase”, ou seja, trocando a carapaça para ficar maior. O “leite” é uma substância branca, produzida pelo organismo do caranguejo no período que antecede a troca de casco, que se inicia em setembro. Esse líquido é formado por uma substância química composta por hormônios, proteínas, lipídios, fósforo, sódio, potássio, cálcio, nitrogênio, magnésio, cobre, zinco, cromo e manganês, que formará a nova carapaça. Portanto, nesta época do ano desaconselha-se consumir o crustáceo, pois o “leite” pode causar diarréia.

Também é da cultura popular a afirmação que nos meses que possuem letra “r” no nome (setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril) os caranguejos estão magros. A carne também fica mais mole e o sabor é um pouco diferente. Segundo o feirante Robson José Cabral, nos meses com a letra “r” o animal “fica fraco e sem gordura. E como morrem mais facilmente, precisamos vender o mais rápido possível”, explica.

Uma coincidência

O mestre em Ecologia, Carlos José Esteves Gondim, explica que a afirmação popular de que os meses com a letra “r” são de caranguejos magros trata-se de uma coincidência. Nessa época, os crustáceos passam por um processo chamado “equidíase”, uma espécie de evolução. Nessa fase, muita energia é gasta e o crustáceo fica fraco e magro. “A equidíase costuma durar de 45 a 50 dias. Alguns demoram muito mais tempo. Como há o gasto de energia muito elevado, os caranguejos morrem mais facilmente, até pelo calor ou pelo transporte”, afirma.

Historicamente, Sergipe sempre teve o caranguejo como símbolo da sua culinária e da cultura. Margeada por mangue, habitat dessa espécie de crustáceo, a costa sergipana sempre produziu muitos caranguejos. Hoje, o quadro no Estado é de recuperação da espécie caranguejo-uçá, que foi bastante reduzida durante a mortandade ocorrida entre os anos de 2000 a 2003, causada pelo fungo Exophiala cancerae.

Por Destaquenotícias

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *