Este 2 de fevereiro é dia de prestar homenagens a Iemanjá. Em Sergipe, a principal homenagem à Rainha do mar acontece em Nossa Senhora do Socorro. Simpatizantes e adeptos das religiões de matriz africana lavam as escadarias da Igreja Matriz daquele município da Grande Aracaju. Nesta mesma data, os católicos comemoram Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padroeira de Socorro. Iemanjá é considerada protetora dos pescadores e jangadeiros, mãe das águas, mãe de todos e todas. Também é conhecida como Ìyá Orí, “mãe de todas as cabeças”.
Todos os anos nesta data, devotos e simpatizantes fazem rituais de pedidos e oferendas à Rainha do Mar. Nas praias, flores, comidas, perfumes e bebidas são entregues ao mar em pequenas embarcações. Além disso, velas e mais flores enfeitam as areias. Os pedidos mais comuns são aqueles ligados à proteção, à maternidade e à família, estudos e trabalho e aspectos emocionais relacionados à autoestima, já que Iemanjá também é considerada vaidosa. No catolicismo, Iemanjá está associada à Nossa Senhora dos Navegantes.
A imagem da Rainha do Mar é representada por uma mulher branca com cabelos escuros e compridos, que usa um longo vestido azul e está sempre cercada pelas águas. De acordo com o Pai Marcello de Omulú, a escolha da data nacional tem a ver a necessidade de disseminar a cultura. “No sincretismo, hoje é dia de Nossa Senhora dos Navegantes, uma data que remete a proteção dos mares, rios, etc. No Brasil, a deusa representa os mares, sempre atrelada a figura de uma sereia, rainha dos mares”, ensina. Os cultos para Iemanjá podem acontecer em locais fechados ou ao ar livre em mares, rios e lagoas.
Fotos: Agência Brasil e PMRP