PUBLIEDITORIAL
Cerca de 200 mil pessoas compareceram ao Projeto Verão 2023, na praia da Atalaia, na capital sergipana, durante os três dias do festival. O evento, retomado este ano após um hiato de dois anos em decorrência das restrições para o controle da pandemia, além de entreter a população, aqueceu diversos setores da economia local, sobretudo os diretamente ligados ao turismo, gerando emprego e renda extra para os sergipanos.
Realizada pela Prefeitura de Aracaju e Governo de Sergipe, entre os dias 10 e 12 de fevereiro, com ampla programação musical, multicultural e esportiva, que se estendeu à Orla Pôr do Sol Jornalista Cleomar Brandi, no Mosqueiro, esta edição do festival, sem registro de ocorrências graves, ficou marcada, conforme reconheceu o público, pela organização e segurança.
A publicitária e produtora Carla Ferreira, de 52 anos, comentou sobre a evolução da festa. “Estou presente todos os anos no Projeto Verão, mas esse ano foi ainda melhor. Teve muito policiamento, muito banheiro químico, e não teve briga. Teve muita família, uma festa ordeira. Eu achei fantástico e super democrático. Um espaço que todo mundo curte, desde a criança até senhoras”, afirma Carla.
Para a aracajuana Paula Jatobá, de 43 anos, a grandiosidade da festa a orgulha enquanto sergipana. “Muito atrativo. Aracaju, sol, praia. É muito bom. A organização está de parabéns. Desde que começou o Projeto Verão está cada vez melhor. Segurança, arrumação, programação. Foi uma festa bonita, que prova que Aracaju pode fazer coisas boas”, afirma.
Com atrações de renome nacional, como Marcelo Falcão, Duda Beat, Anavitória, Biquíni Cavadão, Melim, Projota, Maneva e Toni Garrido, e os talentos dos sergipanos Héloa, Mestre Madruguinha, Anne Carol, Reação e DJ Marraia, o Projeto Verão retornou ao calendário de eventos do estado em grande estilo e, devido ao sucesso e receptividade do público, a Prefeitura de Aracaju já garantiu a próxima edição do festival.
Conforme o secretário municipal da Fazenda, Jeferson Passos, do ponto de vista econômico, o evento “é um indutor de pessoas” pela questão turística, pois movimenta diversos elos da cadeia econômica, como hotéis, bares, restaurantes, comércio, além da prestação de serviço ligada diretamente à realização do evento. Para o gestor, a realização do evento representa mais uma peça de engrenagem dentro de um conjunto de ações induzidas ao longo dos anos.
“Ao movimentar a atividade econômica, o Projeto Verão acaba contribuindo, inclusive, para a própria arrecadação, mas temos que, inicialmente, olhar que, ao longo do ano, há um conjunto de eventos, então o Projeto Verão também tem um papel de consolidar a imagem de Aracaju como uma cidade que tem expertise na realização de eventos que são reconhecidos pela qualidade, pela organização, pela segurança”, avalia Jeferson Passos.
Assim como na edição anterior, além das atrações artísticas, o Projeto Verão 2023 contou com a Arena Criativa, na Orla da Atalaia, cuja estrutura recebeu uma Tenda Multicultural, com oficinas culturais, shows, cinema, além de uma Tenda Games, com campeonatos de jogos eletrônicos. “É um evento que é pensado para a cultura, para o lazer, mas também dentro da lógica da economia criativa, ou seja, de gerar emprego e renda para um setor que sofreu tanto durante a pandemia”, reitera o presidente Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju).
Na área esportiva, o Projeto Verão 2023 ofertou disputas em modalidades como vôlei de praia, beach hand, beach tênis, surfe, lutas, futevôlei, futmesa, redinha, beach soccer, duatlo, barcos e stand up. O evento proporcionou ao público, também, atividades como ginástica, zumba, dança e aeróbica.
“O Projeto Verão é mais uma vitória da capacidade da Prefeitura em organizar um evento deste porte, somada ao Governo do Estado. Esta edição superou as nossas expectativas, assim como também a presença expressiva de público, como ocorreu com o Réveillon. Isso mostra a assertividade da Prefeitura em retomar o Projeto Verão com o formato em que ele é realizado, com esse conceito de diversidade, a Arena Criativa, as atividades esportivas, tudo consolida, definitivamente, esse evento no calendário do nosso estado”, destaca Luciano Correia.
Organização e segurança
Os três dias do Projeto Verão foram marcados pela organização, segurança e alegria contagiante do público que lotou as areias da praia da Atalaia. Prova disto é que, ao longo do festival, não foram registradas ocorrências graves. De acordo com o secretário municipal da Defesa Social e da Cidadania, tenente-coronel Silvio Prado, o resultado alcançado neste ano “reflete o trabalho realizado pelos órgãos envolvidos”.
“Tivemos a resposta da população, da sensação de segurança que sentiram, desde o terminal da Atalaia, passando pela avenida Santos Dumont e na própria arena. Contamos com 200 guardas municipais, 100 policiais militares, bombeiros militares e civis, segurança privada, e, com isso, nenhuma ocorrência foi registrada, totalizando cerca de 500 agentes de segurança. Tínhamos um poder de resposta muito rápido, efetivo, demonstrando toda a nossa organização e planejamento. A Prefeitura e Governo trabalharam juntos, cada um em sua área delimitada, e isso contribuiu muito para que entregássemos essa festa bonita para a população”, detalha Silvio Prado.
Inclusão
De modo a incluir toda a população, o Projeto Verão 2023 contou, ainda, com o Camarote da Acessibilidade, estrutura gerenciada pela Secretaria Municipal da Assistência Social, em parceria com o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPcD), para a inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
O Camarote, adaptado às normas da Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), contou com rampa de acesso, dois banheiros, piso tátil de alerta e cadeiras. O espaço este ano ganhou uma nova localização. Com vista privilegiada dos palcos, garantiu conforto, segurança e comodidade para quem aproveitou para curtir a festa.
Jefferson Silva Lima é cadeirante e acessou o Camarote no sábado, 11, para assistir ao show do cantor Projota, de quem é fã. “No Réveillon eu não vim para a Orla porque achei que não conseguiria aproveitar o show, vi a mudança de localização [do Camarote da Acessibilidade] no Projeto Verão e decidi participar. Nesse local ficou ótimo. Sou fã do Projota e me emocionei muito no show dele, as músicas dele são inspirações pra mim. A estrutura do camarote está ótima, deu pra curtir o show, amei”, contou Jefferson.
Renda extra
A aprovação também veio de quem trabalhou durante o festival, como Rita de Cássia, que começou com um negócio pequeno e, hoje, já soma dois grandes empreendimentos.
“Tem uns 15 anos que trabalho com a venda de drinques e faço desta a minha fonte de sobrevivência, não só minha como de meus filhos, que hoje trabalham comigo. Comecei de forma menor, vendendo só cervejas, e depois consegui ampliar. As vendas então, neste Projeto Verão, foram acima da expectativa. Só tive o que comemorar”, ressalta Rita.
Vivian Nascimento, do Tempero das Cariocas, participou através da Conexão Empreendedor, um dos quatro coletivos selecionados para o evento, e comemorou a inserção do coletivo no espaço. “Essa iniciativa foi muito importante, o Projeto Verão já está deixando saudades porque foi muito bom. Os três dias foram bem proveitosos, deu para apresentar a minha marca aos clientes, principalmente por trazer algo que não é típico da cidade, foi muito bom”, celebrou a microempreendedora.