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Sergipana ligada ao MST vai para diretoria do Incra

Rose Rodrigues chegou a ser contada para presidir o instituto

Antes cotada para presidir o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a advogada sergipana Rose Rodrigues foi nomeada para a diretoria de Desenvolvimento e Consolidação de Projetos de Assentamento, a mais importante daquela autarquia. ex-secretária de Agricultura de Sergipe e militante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Rose foi indicada para o cargo pelo deputado federal João Daniel (PT). O petista a queria na presidência, porém desentendimentos internos no PT sergipano terminaram por impedir a nomeação dela no principal posto do Incra, órgão da mais alta importância na política agrária a ser implementada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Incra será presidido por César Aldrighi, que está à frente do órgão de forma interina desde janeiro passado. Ele é formado pela Universidade Federal de Pelotas, tem especialização em engenharia agrônoma e é servidor de carreira do Incra desde 2004. O engenheiro ainda foi secretário estadual de Agricultura e Abastecimento do governo do Rio Grande do Sul entre 2001 e 2002. Gustavo Souto de Noronha será o novo diretor de Gestão Estratégica; João Pedro Gonçalves da Costa, diretor de Governança Fundiária, e Maria Rita Reis, Procuradora Federal Especializada. O anúncio da nova diretoria do Incra foi feito pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Quem é Rose

Advogada e assistente social, a professora Maria Rosilene Bezerra Rodrigues, ou Rose Rodrigues, como ela prefere ser chamada, tem experiência com gestão. Já foi secretária da Agricultura no município de Estância, participou da equipe do Orçamento Participativo no primeiro mandato do saudoso ex-prefeito de Aracaju, Marcelo Déda (PT) e foi professora substituta do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Sergipe.

Em 2005, Rose Rodrigues ingressou na luta dos movimentos sociais, pela Cáritas Diocesana de Propriá, envolvendo-se na defesa da reforma agrária e dos quilombolas. Nessa discussão, ela abraça a causa da segurança alimentar e nutricional, tendo naquele mesmo ano, assumido a coordenação do primeiro Programa Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, em área de projeto de assentamentos, acampamentos pelo acesso à terra, quilombola e território indígena sergipano.

Destaquenotícias (Foto: G/S)

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