As Polícias Civis de Sergipe e São Paulo desarticularam uma organização criminosa que lesou mais de 200 correntistas do Banco do Estado de Sergipe (Banese), causando um prejuízo superior a R$ 10 milhões. A investigação começou em janeiro de 2022. Agora, a operação cumpriu 18 mandados judiciais, dos quais seis foram de prisão e 12 de busca e apreensão. A ação policial aconteceu nas cidades de Carmópolis (SE), Praia Grande (SP), Jacupiranga (SP) e Guarulhos (SP).
O cérebro criativo da organização é um
que criou sistemas maliciosos que facilitam o a obtenção de dados dos clientes. O hacker desenvolvia sites e links maliciosos. É por meio desses dados conseguidos das vítimas que os estelionatários causam verdadeiros rombos financeiros. A operação Falsa Central diz respeito apenas a vítimas que são correntistas do Banese, mas há fortes indícios de que eles lesaram clientes de outros bancos em várias partes do país.
Segundo a delegada Maria Pureza, coordenadora Da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), os investigados fazem uso de engenharia social sofisticada, mediante o envio de mensagem SMS, uso do aplicativo WhatsApp e de ligações telefônicas. Os golpistas informam ao correntista do banco de que foi efetuada transação em sua conta, a exemplo de empréstimo e PIX, indicando números de falsas centrais de autoatendimento ou links maliciosos para contato com o objetivo de bloqueio da transação não reconhecida.
Toda essa artimanha cria pânico e causa instabilidade emocional na vítima que passa a fornecer tudo que o suposto atendente pede. A delegada diz que todo esse cenário tem o único objetivo de conseguir a senha dos clientes. “Quando se dá conta, a vítima tem todo o seu saldo bancário desviado e vários empréstimos realizados”, acrescentou a policial. A investigação mostrou que a quadrilha era extremamente profissional e o hacker, inclusive, alugava ou vendia seu serviço criminoso para outros golpistas.
Fonte e fotos: SSP/SE