Por Antônio Samarone *
Valmir de Francisquinho foi à Brasília, com o seu grupo político, querendo trazer um aeroporto para Itabaiana. Cutucou uma parte da ciumenta elite política do Estado.
Um intelectual amigo me ligou aborrecido: “Valmir está pensando o quê, Itabaiana é a capital brasileira do caminhão, onde já viu um aeroporto? Baixem a bola!”
Eu caí na risada!
Meu amigo, eu cresci esperando esse aeroporto. No final da década de 1950, Euclides Paes Mendonça, acompanhado por Leandro Maciel, procuraram o Brigadeiro Eduardo Gomes em busca desse aeroporto. No tempo chamava-se “campo de aviação”. E o Brigadeiro prometeu.
O terreno foi desapropriado dos Breus. A pista de areia chegou a ser feita e o terreno cercado. Os mais velhos lembram. Muito tempo depois o terreno foi invadido, em época de eleição: nasceu a “Lata Véia”, hoje o moderno Bairro da Torre.
Acho que a família dos Breus não foi devidamente indenizada e doou o que restou do terreno do aeroporto, para o Itabaiana construir a Vila Olímpica.
Muito tempo depois, o Itabaiana, para pagar dívidas, revendeu o terreno do aeroporto para os comerciantes. É lá que está instalado o nosso Shopping Center, de Messias Peixoto.
O aeroporto de Itabaiana da década de 1950/60, só não foi concluído por conta da morte prematura de Euclides Paes Mendonça.
Valmir pensou alto!
Itabaiana vive uma nova arrancada econômica, e precisa sim de um aeroporto, para voos locais de pequenas e médias aeronaves. Aeroporto, centro de convenções, museu, teatro, hotéis e, sobretudo, de líderes criativos e que pensem grande.
Além do mais, Lagarto já tem o seu aeroporto. (risos)
* É médico sanitarista