Rogério e Valmir negam rompimento político

A aliança política firmada em 2022 entre o senador Rogério Carvalho (PT) e o ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), é coisa do passado. Maior prova disso foi a ausência do ex-gestor na reunião promovida pelo petista com lideranças políticas da região Agreste. “Eu não fui convidado”, explicou Francisquinho ao radialista Luiz Carlos Focca, que estranhou a ausência de Valmir no evento patrocinado por Carvalho. Diferente do antecessor, o prefeito de Itabaiana, Adailton Sousa (PL), prestigiou a reunião, realizada num restaurante da cidade serrana, na noite dessa sexta-feira (14)

Rogério e lideranças políticas, durante reunião em Itabaiana (Clique na imagem para ampliar)

A esposa do senador, jornalista Candisse Matos, também negou que os dois políticos tenham rompido politicamente, como alguns chegaram a alardear: “Não houve rompimento porque não há o que romper”, afirmou ela, entre risos. Segundo a comunicadora, “depois das eleições, mantivemos o mesmo respeito por Valmir. Inclusive, na última quarta-feira, o deputado federal Ícaro de Valmir (PL) esteve com Rogério tratando dos assuntos que interessam ao povo de Sergipe”, concluiu Candisse.

Na entrevista concedida a Carlos Focca, Valmir recusou o título de “liderado” pelo senador: “No primeiro turno das últimas eleições tivemos a maior votação para o governo de Sergipe. Portanto, não podemos ser liderados por quem teve menos votos do que nós”. E para sepultar de vez os comentários de que ele e o senador petista romperam politicamente, Francisquinho ressaltou que o apoio dado ao então candidato a governador foi uma coisa momentânea. “Eu tive um entendimento político com Rogério no segundo turno das eleições. Nós não fizemos um acordo para permanecer no grupo dele após o pleito. Portanto, eu continuo a minha vida e ele continua a vida dele”, concluiu.

Abuso do poder econômico

Sérgio Gama, Adailton Sousa e Rogério Carvalho (Clique na foto para ampliar)

Durante o encontro, Rogério disse que “não foi o apoio de A ou B que retirou a vitória do povo de Sergipe nas últimas eleições, mas a compra de votos, que ainda insiste em ser realidade em Sergipe”. A afirmação foi vista como um desabafo. O senador disse ter sentido a necessidade de, mais uma vez, trazer à tona aos sergipanos e sergipanas essa prática “antiquada e criminosa que ainda existe e que as autoridades fingem não enxergar. O abuso de poder político e econômico foram feitos de forma escancarada pelo grupo político que hoje está no poder”, denunciou.

Rogério voltou a reforçar que, quem esteve e está a seu lado, representam aqueles que “não se venderam e não se entregaram às pessoas que têm algo a mais. Aqui estão as pessoas que têm realmente projetos. Que querem discutir e disputar em seus municípios aquilo que representa de melhor para o seu povo e isso não tem dinheiro, não tem troca para quem é decente. Não tem troca, o amor que você tem pelo seu povo. Aqui, vocês continuam mostrando o valor das pessoas que estiveram ao nosso lado da campanha. Pessoas que não têm preço, porque ninguém bota preço na dignidade. E é por isso que vocês continuam conosco. Por isso, faço questão de agradecer a todos”, concluiu.

Fotos: Janaína Santos