A Diretoria Estadual de Vigilância em Saúde divulgou o segundo alerta epidemiológico devido ao aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes mediante ao período de sazonalidade nos meses mais frios do ano no país, ocasionado pelos vírus Influenza, Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e o SARS-CoV-2 (Covid-19). A SRAG abrange casos de síndrome gripal (SG) que evoluem com comprometimento da função respiratória que, na maioria dos casos, leva à hospitalização, sem outra causa específica.
Os dados apontam que foram notificados entre 1º de janeiro a 23 de maio, 1021 casos de SRAG. Desse total, foi possível identificar o agente etiológico em 277 casos, ou seja, 27,1%, sendo o SARS-CoV-2 (Covid-19) identificado em 123 casos (12,0%), o VSR em 104 casos (10,2%) e o vírus Influenza em 50 casos (4,9%).
Do total de casos notificados de SRAG, 634 foram crianças de até dez anos. Dentre essas, 363 menores de um ano. Quando analisado o tipo SRAG por agente etiológico identificado, é possível verificar a diferença entre as faixas etárias. Em crianças de até dez anos o VSR foi isolado em 15,5%, seguido de Influenza (4,4%) e Covid-19 (2,8%). Nas demais faixas etárias a Covid-19 foi a principal causa identificada de SRAG, mas também ocorreram casos de Influenza e VSR.
Cinquenta óbitos
Com relação aos óbitos, foram contabilizados 50 óbitos por SRAG, dos quais 28 (56%) não teve o agente etiológico isolado, 14 (28%) atribuído a Covid-19, 3 (6%) ao vírus Influenza e 5 (10%) ao VSR. Destaca-se que, em crianças de até 10 anos, 33,3% foram devido ao VSR, enquanto as pessoas com 61 anos e mais, 36,7% foi por Covid-19.
As infecções virais respiratórias, com exceção do Covid-19, não são doenças de notificação compulsória universal. Desta forma apenas os casos classificados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), devem ser notificados no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe – SIVEP-Gripe.
Recomendações para a população
Para o controle da transmissão ativa dos vírus respiratórios principalmente no momento que se aproxima o inverno, é recomendado que as pessoas que estejam aptas a receberem a vacina contra a Influenza, procurem a Unidade de Saúde, tendo em vista que o vírus apresenta aumento da circulação nesse período.
Ressaltamos ainda que pessoas com sintomas gripais devem utilizar máscaras e evitar ambientes com aglomeração, assim como o contato com recém-nascidos e idosos.
É muito importante que o primeiro atendimento seja em Unidades Básicas de Saúde ou serviços ambulatoriais, para que apenas casos com maior gravidade sejam encaminhados aos hospitais.
Fonte e foto: Secom/GS