O artesanato encontra-se disseminado por todo o território sergipano. Entre as peças, encontram-se verdadeiras preciosidades que representam a criatividade do artesão e a capacidade de inovar sem que sua obra perca características tipicamente sergipanas. A capital Aracaju, é o centro onde todas as peças são comercializadas.
O artesanato sergipano é vendido em vários pontos de Aracaju tais como: Centro Centro de Arte e Cultura J. Inácio, Orla de Atalaia; Mercado Municipal, Centro Histórico; Centro de Artesanato Chica Chaves, Orla do Bairro Industrial; Centro de Turismo, Praça Olímpio Campos; feirinhas da Praça Tobias Barreto, aos domingos; e Passarela do Artesão, Orla de Atalaia – diariamente das 16 às 23h.
Os principais artesãos do Estado são Beto Pezão, Cachoba, Cristina Francisca Pires, Zé de Flora, Edilson Fortes e Pedro das Pedras, situados em Santana do São Francisco, além de Nem, que desenvolve sua produção em Itabaianinha. Essas mãos talentosas na argila e no barro fazem nascer belas esculturas.
Renda irlandesa
Uma das maiores expressões do artesanato sergipano é renda irlandesa, que exige uma técnica de trabalho com as mãos, sempre cuidadosas, pacientes e atentas aos detalhes de cada peça. Originária da Itália, a renda teve sua tradição mantida nos conventos da Irlanda, de onde se difundiu para diversas partes do mundo, sendo desenvolvida com uma técnica única aqui no Estado.
Caracterizada pelo uso de lacê, um cordão sedoso, e manipulado atenciosamente com linha e agulha, a renda ganhou destaque nacional pela sua delicadeza, sofisticação e beleza. Tombada como patrimônio nacional pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), tem destaque no município de Divina Pastora, localizada a 33 km da capital.
Em Poço Redondo, sertão do Estado, o destaque é para as rendas de bilro produzidas por idosas do município. Como o nome sugere, o instrumento utilizado para a execução deste tipo trabalho são os bilros, peças de madeira que não excedem a 15 cm, compostas de uma haste com a extremidade em forma de bola.
Palha
Sergipe tem uma rica produção de artesanato de palha, que se concentra principalmente nos municípios de Brejo Grande, Pacatuba e Pirambu, localizados no litoral do Estado. Nessa região, é possível encontrar o material em abundância, tendo em vista a riqueza da matéria prima, extraída de coqueirais. Com mãos hábeis, os artesãos traçam a palha que aos poucos vai tomando formas variadas originando cestos, chapéus, bolsas, abanadores, entre outras peças. A precisão de um trançado impressiona os visitantes.
Cerâmica
O município de Santana do São Francisco, antigo Carrapicho, é considerado a capital sergipana do barro por ter a produção de cerâmica como sua principal atividade econômica. É difícil encontrar um fundo de quintal onde os moradores não fabriquem peças de barro. Alguns artesãos utilizam a técnica das mãos, que fortalece a característica de rusticidade. Outros, se inspiram na cultura indígena, tornando suas peças ainda mais belas e exclusivas.
Madeira
No artesanato em madeira destaca-se Cícero Alves dos Santos, o Véio. O trabalho de galhos retorcidos de mulungu ou jurema, presentes em abundância na região da caatinga, são transformados em tótens, carrancas, animais e figuras humanas, que são expostas um museu a céu aberto no sitio Sóarte, localizado no município de Nossa Senhora da Glória, no alto sertão sergipano. Suas esculturas são despojadas, rústicas e de vigorosa expressividade.
Artesanato alternativo
Não é só com material tradicional que se produz artesanato no Estado. No município de Cumbe, existe o primeiro grupo de produção de papel reciclado, conhecida como Tudo Encaixa. O trabalho coletivo prioriza a reutilização das sobras de papel das instituições públicas, incluindo revistas e jornais velhos, que são transformados em objetos utilitários e decorativos. As peças elaboradas pelo grupo de artesãos de Cumbe chamam a atenção do consumidor pela criatividade, baixo preço e boa qualidade.
As bonecas de pano, confeccionadas à mão por um grupo de idosas no município de Nossa Senhora das Dores, também têm destaque no Estado. A variedade de tipos, modelos e cores, se transformam em diversos personagens do cotidiano do agreste sergipano como Lampião e Maria Bonita, vaqueiros e casal de noivos.
Os principais artesãos do Estado são Beto Pezão, Cachoba, Cristina Francisca Pires, Zé de Flora, Edilson Fortes e Pedro das Pedras, situados em Santana do São Francisco, além de Nem, que desenvolve sua produção em Itabaianinha. Essas mãos talentosas na argila e no barro fazem nascer belas esculturas.
Fonte: Setur