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Preços da cerveja e dos combustíveis sobem e o da picanha cai

A proibição da venda de bebidas alcoólicas durante as eleições é decidida localmente

“O povo tem que voltar a comer churrasquinho, comer uma picanha e tomar uma cervejinha”, disse o então candidato à Presidência Lula da Silva (PT), em sabatina jornalística. Durante a campanha eleitoral, o petista prometeu a queda nos preços desses produtos e dos combustíveis.

Porém, não foi isso que aconteceu com dois desses três itens nos cinco primeiros meses de mandato. Somente a carne prometida teve queda nos preços. Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre janeiro e maio último, a cerveja teve alta de 2,94%. Já os combustíveis para veículos tiveram expansão de 5,99%. Por sua vez, a picanha ficou 4,4% mais barata. De acordo com especialistas, somente o produto petrolífero teve interferência do Governo Lula.

De acordo com Fernando Iglesias, analista sênior da consultoria Safras & Mercado, a variação da carne bovina já era esperada. Ou seja, não houve política do atual governo que tenha favorecido a queda nos preços, na visão dele. “Independentemente de quem vencesse essa eleição, nós já tínhamos a percepção de que haveria uma maior disponibilidade de carne bovina agora em 2023”.

Cerveja

Para a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja CervBrasil), a bebida alcoólica ficou mais cara por conta do “aumento dos custos acumulados nos últimos anos”. Seriam eles: energia, distribuição e matérias primas.

Paulo Petroni, porta-voz do grupo, analisa que a alta nos preços se deu por conta de uma pressão que veio ainda na pandemia. Com a demanda reprimida, das pessoas que não podiam sair de casa, essa forte procura estaria vindo à tona agora, segundo ele. Ainda, Petroni disse “desconhecer” qualquer medida tomada pela atual administração do Brasil para baixar os valores cobrados pela cerveja.

Volta dos impostos federais

Já os combustíveis tiveram alta por determinação da Petrobras, em alguma medida. Porém, o que mais impactou foi a volta da cobrança, parcelada, dos impostos federais sobre a fonte de energia.

Em relação especificamente à gasolina do tipo A, até o dia 31 de maio, os encargos nacionais adicionavam R$ 0,35 no litro. O preço supostamente alto desse produto na ponta da cadeia (tipo C) foi alvo de críticas do presidente Lula e seu partido durante a administração de Jair Bolsonaro. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o preço ao consumidor nas bombas, na média de todo o país, saltou de R$ 4,96 para R$ 5,21.

Fonte: Site R7 (Foto: Agência Brasil)

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