Com investimentos na segurança hídrica do perímetro público, a abóbora apresenta viabilidade econômica, ajuda a balança comercial interestadual e é útil na rotação de culturas. Não é à toa que tem uma variedade chamada de ‘abóbora sergipana’. Ela é a mais cultivada pelos 333 irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé do São Francisco. Para se ter uma ideia, de janeiro a junho deste ano, foram produzidas 512,5 toneladas do fruto, em 28,85 hectares irrigados naquele município do semiárido de Sergipe.
Até o fim do inverno, quando a chuva dá uma ajuda à lavoura, as colheitas continuam e a tendência é a de aumentar a produção da variedade também conhecida como jerimum de leite ou ‘abóbora maranhão’. Safra que atende Sergipe, mas tem procura em outros estados. O saldo da venda dessa produção do primeiro semestre é de aproximadamente R$ 675 mil em renda aos irrigantes. Além de ter mercado, a abóbora serve de cultivo de rotação, para proteger o solo e controle de pragas e doenças.
“Essa abóbora está com 120 dias e a gente plantou para o mercado de Salvador. É uma excelente rotação de cultura para o perímetro, com o apoio do pessoal da Coderse Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse). A gente está vendendo bem. Esse é o segundo ano que a gente planta”, destacou Uindson Aragão, quando mostrou a produção colhida, já no final de junho, no lote que ele gerencia a produção.
Técnico em Agropecuária da Coderse, Luiz Roberto Vieira conta que a cultura da abóbora é uma alternativa econômica viável para todo produtor do perímetro Califórnia “O ciclo é curto, onde existem três adubações: a básica, a de fundação e duas de cobertura. Com as pragas e doenças, não tem tantos problemas aqui no Califórnia, graças à assistência técnica do Governo do Estado e do apoio da gerência local, que tem contribuído efetivamente para melhoria dessa assistência no perímetro”, pontuou.
Fonte e fotos: Ascom/Coderse