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Petrobras não sabe ainda se reassume a Fafen de Sergipe

A Unigel assumiu o controle das duas fábricas em 2019

A Petrobras ainda não tem uma definição sobre a produção de fertilizantes nitrogenados no Brasil. Dependesse da Federação Única dos Petroleiros (FUP), a estatal reassumiria imediatamente as Fafens de Laranjeiras (SE) e Camaçari (BA) – administradas hoje pela empresa Unigel – reabriria a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) e concluiria as obras da Fafen Mato Grosso do Sul (Fafen-MS).

Segundo o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, com as quatro Fafens funcionando sob a administração da Petrobras será possível reduzir pela metade a importação de fertilizantes nitrogenados para atender ao agronegócio brasileiro. A Federação dos Petroleiros integra o grupo de trabalho (GT) criado pela petrolífera para discutir a reabertura da Fafen do Paraná. Embora a Petrobras tenha estipulado prazo de 90 dias para apresentação de um cronograma pelo GT, Bacelar disse que esse prazo poderá ser reduzido.

Produção suspensa

Culpando a alta do preço do gás natural, principal insumo das Fafens, o grupo Unigel suspendeu, em junho último, os contratos de trabalho dos colaboradores da Fafen de Laranjeiras e, consequente, paralisou a produção de amônia e ureia, que havia sido iniciada em 2019, quando a empresa arrendou a fábrica da Petrobras pelo período de 10 anos, prorrogáveis pelo mesmo período. A unidade sergipana possui capacidade de produção anual de 650 mil toneladas de ureia, 450 mil toneladas de amônia e 320 mil toneladas de sulfato de amônio.

Em nota, a Petrobras informou à Agência Brasil que não há qualquer decisão da Diretoria Executiva ou do Conselho de Administração em relação à reabertura da Araucária Nitrogenados, no Paraná, e à conclusão das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III, em Mato Grosso do Sul”.

“No presente momento, a companhia está desenvolvendo análises para definição das melhores alternativas de execução de sua estratégia no setor de fertilizantes, no âmbito do seu planejamento estratégico”. A empresa disse ainda que “suas decisões são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”, conclui a petrolífera.

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