Com apenas 23 aerogeradores instalados no município da Barra dos Coqueiros, Sergipe é o que se pode chamar o patinho feio na geração de energia eólica. O Estado produz ínfimos 34,50 MW e só ganha em produção desse tipo de energia para o Rio de Janeiro (28,05 MW) e o Paraná (2,59 MW).
Quando o Parque Eólico da Barra foi instado, em 2013, o saudoso ex-governador Marcelo Déda (PT) afirmou que “a exemplo do que representou para os sergipanos a chegada da energia elétrica a partir da usina de Paulo Afonso, nos anos 1950, a entrada em operação dessa nova usina será um divisor de águas na história sergipana”. Não foi!
Diferente do que ocorre em Sergipe, a geração de energia elétrica pela matriz eólica cresceu 12,8% em 2022 em comparação a 2021. Foram 4.065 MW de capacidade a mais em novas instalações e 109 parques criados no período. Com isso, a energia elétrica a partir da força do vento passou a ser 13,1% da matriz energética do Brasil, atrás das hidrelétricas. Os dados são da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).
O Brasil tem hoje 919 parques eólicos em teste e em operação. Todos são onshore, ou seja, em terra. A maior capacidade instalada fica no Rio Grande do Norte, com 7.813 MW de potência, capaz de abastecer 12,6 milhões de residências. Ao todo, as eólicas produzem 26.209 MW ao país. Em Sergipe, não existe previsão de ampliação do Parque Eólico da Barra dos Coqueiros nem da instalação de um outro em solo sergipano.
Com informações do site Poder360º