Uma sessão solene marcou, nesta segunda-feira (14), a posse da nova Mesa Diretoria do Tribunal Faz de Contas de Sergipe (TCE). Os conselheiros Clóvis Barbosa e Luiz Augusto Ribeiro, – há 15 dias os dois quase foram aos tapas -, assumiram, respectivamente, a presidência e a corregedoria-geral da Casa. Como é praxe naquele mero órgão auxiliar da Assembleia, os dois fizeram de conta que entre eles está tudo bem, obrigado! Susana Azevedo foi empossada vice-presidente, enquanto Carlos Alberto de Souza tomou posse na diretoria da Escola de Contas, cabendo ao ex-presidente Carlos Pinna o comando da ouvidoria geral. Somente os conselheiros Ulices Andrade e Angélica Guimarães ficaram sem um carguinho na Mesa.
Nos discursos não faltaram o faz de conta que vai tudo às mil maravilhas. Nem parece que, um dia desse, o procurador do Ministério Público de Contas, Eduardo Cortez, denunciou a existência na Casa de um “trem” com todos os vagões cheios de ocupantes de cargos comissionados. Conforme a acusação, os apadrinhados dos conselheiros são 306, número superior aos 240 servidores efetivos do TCE. Por conta dessa enxurrada de protegidos, muitos pareceres emitidos pela Corte devem ser anulados. “A fiscalizações e as inspeções dos processos do Tribunal não podem ser realizados por servidores que não tenham atribuição legal”, informa Eduardo Cortez.
Como o Tribunal Faz de Contas é um colegiado, o novo presidente Clóvis Barbosa terá dificuldades para mudar as coisas por alí. Certamente, não encontrará a simpatia do novo corregedor-geral, seu mais novo desafeto. Os outros conselheiros também não devem concordar com as ideias “mudancistas” de Barbosa, um advogado que vem da iniciativa privada e sempre gostou de corrigir atos equivocados. A sociedade sergipana espera que Clovis não tenha falado de faz de contas quando prometeu exonerar “meio mundo” de comissionados tão logo assumisse o comando do TCE. É esperar pra ver!
Por Adiberto de Souza (Crédito/Ascom/TCE)