A elevação da temperatura torna alguns ambientes propícios para a propagação de animais peçonhentos, como os escorpiões. Por conta disso, a Secretaria da Saúde de Aracaju reforça a orientação sobre como evitar acidentes com esses animais. Nos seis primeiros meses deste ano, foram notificados 556 casos de ocorrências na capital sergipana.
O Centro de Controle de Zoonose (CCZ) atua com o trabalho preventivo, orientando a população sobre como prevenir acidentes desse tipo. A espécie mais encontrada em Sergipe é o Tityus stigmurus e sua picada provoca dor, inflamação, febre e edema, raramente levando a maiores complicações. O acidente com escorpiões, embora raramente levem à morte, é um problema de saúde pública.
De acordo com a coordenadora do CCZ, Marina Sena, a população deve evitar o acúmulo de entulhos, resíduos orgânicos e a presença de baratas nas residências, já que elas são fonte de alimentação dos escorpiões. “O descuido da população é uma grande preocupação e a principal medida para evitar os escorpiões é fazer barreiras físicas, conservar o imóvel livre de rachaduras, e manter o quintal limpo e os ralos devidamente tampados. Tudo isso pode servir como porta de entrada para os escorpiões”, explica.
Sintomas e atendimento
Segundo o supervisor de endemias do CCZ, José Bonfim, a picada é a defesa do escorpião e elas são sempre acidentais. É importante ressaltar que ao ser picada, a vítima deve lavar o ferimento com água e sabão, e procurar imediatamente uma unidade de saúde.
“Nos acidentes considerados leves, a pessoa apresenta inchaço, vermelhidão, calor e pelos eriçados no local da picada. Já nos casos moderados, somam-se sintomas como vômitos, náuseas, hipertensão e taquicardia. Os acidentes graves podem provocar vômitos intensos e frequentes, muita sudorese, agitação, aumento ou diminuição da frequência cardíaca, arritmias, contrações musculares, edema e choque”, orienta Bonfim.
Em casos de acidentes com escorpião, é recomendado que a pessoa não faça a ingestão de medicamentos sem orientação médica e não jogue substâncias químicas, nem amarre a área picada. Se for possível, deve-se coletar o animal, colocando-o em um recipiente fechado, para levá-lo ao atendimento médico para que haja a identificação da espécie. Dessa forma, a vítima pode receber um tratamento específico e mais eficaz.
Fonte e foto: Ascom/Saúde de Aracaju