A Petrobras adiou para o próximo ano o prazo de entrega de propostas das duas licitações de afretamento de navios-plataformas (FPSOs) que serão instaladas em águas profundas da Bacia de Sergipe – as unidades SEAP 1 e 2. Em vez do último dia 14, como estava previsto em edital, os proponentes terão até o dia 15 de janeiro de 2024 para demonstrar interesse em concorrer.
Nessa licitação, o vencedor poderá desistir de um dos contratos caso apresente as melhores condições de afretamento para os dois FPSOs e também para o FPSO Albacora, em fase de negociação, atualmente. Essa desistência poderá ocorrer se a empresa vencedora considerar que não possui capacidade para fazer frente a mais de um afretamento.
Os navios-plataforma que serão instalados em águas profundas da Bacia de Sergipe-Alagoas serão conectados a sete campos – Budião (parceria da Petrobras com a ONGC), Budião Noroeste, Budião Sudeste, Palombeta, Agulhinha e Cavala. Essas duas últimas áreas são operadas pela estatal em sociedade com a IBV.
Capacidade de produção
A capacidade de produção de petróleo de cada um dos FPSOs SEAP 1 e 2 será de 120 mil bpd e a de gás natural, de 10 milhões de m³ por dia e de 12 milhões de m³ por dia de gás natural, respectivamente. Os prazos de afretamento das duas unidades serão de 7.762 dias, contados a partir da aceitação final pela Petrobras.
“As duas unidades trarão mudanças significativas na relevância da produção offshore da Petrobras no Nordeste do país. Serão empregados muitos equipamentos especializados, com alta tecnologia e requisitos técnicos, de elevados peso e porte. Também serão necessárias embarcações maiores e mais especializadas do que as que operam hoje na região”, afirmou Pedro Caldas, consultor Líder da Unidade de Negócios de Óleo e Gás da BIP Brasil.
O edital de SEAP 1 prevê conteúdo local de 40% e o de SEAP 2, de 30%. Além disso, os projetos se enquadram nos programas da Petrobras de antecipação de crédito a partir da produção do primeiro gás. Para isso, cada um dos compressores de gás deve ter operado continuamente por, no mínimo, 72 horas e reinjetado gás tratado no reservatório.
Fonte e foto: Site Petróleohoje