A Secretaria da Saúde de Aracaju tem alertado a população sobre a adoção durante o Carnaval de cuidados preventivos, focados em doenças como HIV/Aids, hepatites e sífilis, para a prática do sexo seguro. “As infecções sexualmente transmissíveis continuam sendo um problema de saúde pública relevante. Por isso temos a necessidade de intensificar as orientações de prevenção a essas doenças e no período carnavalesco”, destaca Débora Oliveira, coordenadora do Programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/Aids), Tuberculose e Hanseníase da Secretaria.
“É importante destacar que ter HIV não é o mesmo que ter Aids. Existem muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. O vírus tem, em média, dez anos para poder conseguir quebrar a cadeia e reduzir a imunidade do paciente e aparecer realmente os sintomas [chamados de infecções oportunistas], que aparecem quando já estão na fase avançada, então o paciente vive com o vírus e depois é que vai terminar adoecendo e ter o que chamamos de Aids”, enfatiza Débora.
A Aids é uma doença causada pela infecção do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Esse vírus ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças, sendo capaz de alterar o DNA das células mais atingidas. Já a sífilis, ressalta a coordenadora, é uma doença curável, porém, quando não tratada da maneira adequada, pode afetar órgãos e sistemas do corpo humano, por isso a importância de conscientizar a população para a prevenção e diagnóstico precoce.
“Na maioria das vezes, a sífilis é assintomática, não apresenta ou não constitui sintomas, a pessoa não sente nada, o que leva a não procura por tratamento e à possibilidade de transmissão da bactéria nas relações sexuais sem camisinha. Já a hepatite é um termo genérico que significa inflamação do fígado. Ela pode ser causada por medicamentos, doenças autoimunes, metabólicas e genéticas, álcool, substâncias tóxicas e vírus. As hepatites B e C são infecciosas e transmitidas por meio do sexo sem proteção e no compartilhamento de seringas e objetos cortantes”, complementa a coordenadora.
Profilaxia em 72 horas
“Para a foliã ou o folião que passar por alguma situação de risco por exposição ao material biológico, seja de forma consentida ou violência sexual, existe a Profilaxia Pós-Exposição – PEP, que é um serviço de urgência em que o usuário tem até 72h para iniciar a profilaxia e são disponibilizados medicamentos antirretrovirais após um possível contato com o vírus HIV, em situações de exposição e risco como violência sexual, relação sexual desprotegida. O serviço está disponível nas Unidades de Pronto Atendimento 24h, realizada por 28 dias após a exposição desprotegida”, orienta Débora.
Fonte e foto: Secom/PMA