O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizará ocupações de terra em todos os estados ao longo deste mês. Para marcar a passagem do Abril Vermelho o MST preparou uma série de ações em todo o país. O mês foi escolhido por conta do dia 17 de abril, o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, que relembra as vítimas do massacre de Eldorado do Carajás, em 1996.
A data está no calendário oficial do Brasil e, para o coordenador nacional do MST, Gilmar Mauro, “quem não fizer luta está fora da lei”. “Nós vamos fazer luta, vamos fazer mobilizações. É isso que a nossa base quer, precisa, porque não recebeu absolutamente nada ainda nesse governo”, explica. O Abril Vermelho objetiva nas lutas massivas, a partir das ocupações de terras, produção de alimentos saudáveis, plantio de árvores e resistência ativa nos territórios, além da ampliação das ações de solidariedade, envolvendo o conjunto da base social do Movimento.
Neste período o MST reafirma seu compromisso político em ocupar os latifúndios improdutivos para que haja a democratização do acesso à terra para quem nela vive e trabalha, a fim de que a mesma cumpra seu papel social em meio a um Brasil tão desigual. Ao mesmo tempo, em que se dedica a forjar-se como instrumento de denúncia do modelo destrutivo levado à cabo pelo agronegócio, o agro-hidronegócio e a mineração. Os Sem Terra também ser posicionam e unem forças junto aos trabalhadores da cidade frente a construção de um projeto popular para combater a fome, a carestia, o desemprego e o desgoverno.
Fonte e foto: MST