Aracaju registou, em março último, a cesta básica menos cara do Brasil: R$ 555,22. Na outra ponta aparece São Paulo, onde o conjunto dos alimentos básicos custava, em média, R$ 813,26. No mês passado, o custo dos produtos de primeira necessidade subiu em 10 das 17 capitais brasileiras analisadas pela pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Em março, o governo federal alterou a lista dos alimentos que compõem a nova cesta básica. A mudança prevê uma cesta básica com mais alimentos in natura e regionais e menos processados. A nova cesta básica tem alimentos de 10 grupos diferentes: feijões (leguminosas); cereais; raízes e tubérculos; legumes e verduras; frutas; castanhas e nozes (oleaginosas); carnes e ovos; leites e queijos; açúcares, sal, óleo e gorduras; café, chá, mate e especiarias.
Salário mínimo ideal
Com base no valor da cesta mais cara do país – a de São Paulo – e, levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o salário mínimo ideal deveria ser de R$ 6.832,20 em março, valor 4,84 vezes superior ao do salário mínimo atual de R$ 1.412,00.