Os pecuaristas sergipanos estão concluindo a última campanha de vacinação contra a febre aftosa. Apartir de agora, Sergipe é considerado zona livre da doença sem vacinação. A conquista foi alcançada graças a anos de imunização do rebanho bovino. A política é executada pela Secretaria Estadual da Agricultura, Desenvolvimento e da Pesca (Seagri), através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).
A vacinação atualmente em curso termina ainda neste mês. Depois disso, em função da erradicação, a ação periódica será suspensa. Este processo é o estágio mais recente e bem-sucedido de uma história iniciada há cerca de 30 anos, quando um forte movimento de combate à doença se instalou em Sergipe. Naquele momento, a febre aftosa ameaçava o gado e o avanço da pecuária não só no estado, mas em todo o Brasil. Há 28 anos, Sergipe não registra nenhum foco de aftosa.
Com a erradicação da doença em Sergipe, as casas agropecuárias ficam proibidas de comercializar a vacina contra a febre aftosa a partir de 1º de maio, seguindo determinação do ministério. Quanto aos pecuaristas, o prazo para declarar a última vacinação vai até 10 de maio. “Aqueles que não aplicarem a vacina ou não a declararem, estarão proibidos de transitar com seu gado dentro de Sergipe e para fora do estado. É um prejuízo enorme, porque eles não mais conseguirão emitir a GTA, que é a Guia de Trânsito Animal. Além disso, terão que pagar uma multa de R$ 64,03 por cabeça, valor da UFP [Unidade Fiscal Padrão]”, destaca o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.
Pecuarista satisfeito
A erradicação da febre aftosa é, ainda, um mérito dos pecuaristas sergipanos. O fazendeiro Edson Prata tem contato com a criação de animais desde a infância, herança de seu avô e de sua mãe. Ele é proprietário da Fazenda Japaratuba, em Nossa Senhora das Dores, onde cria cerca de mil cabeças de gado de corte. Também é dono de uma fazenda na Bahia, além de outras propriedades em Sergipe, em municípios como Cumbe, Capela e Aquidabã. Sua produção abastece todo o estado. Hoje, vacinando seu rebanho pela última vez, Edson destaca a importância do selo ‘livre de aftosa’.
Fonte e foto: Governo de Sergipe