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Pesquisador defende o IDH-M para concessão de bolsas Capes

O professor Lucindo Quintans, pesquisador e pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade Federal de Sergipe, publicou recentemente um artigo na revista Nature sobre o modelo adotado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para a distribuição de bolsas de mestrado e doutorado, um tema de grande relevância no contexto da educação superior brasileira.

O artigo publicado na renomada revista científica britânica foi uma resposta à correspondência na mesma revista científica de pesquisadores cariocas que criticavam o modelo da Capes, especificamente quanto ao uso do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. A revisão do peso dado ao IDH-M no modelo de concessão de bolsas beneficia municípios menos desenvolvidos. A publicação do pesquisador da UFS buscou lançar luz sobre o tema, destacando que a principal vantagem do modelo está no uso de ferramentas que diminuem as disparidades regionais e promovem a equidade.

A Capes avalia usar o Índice de Gini também como indicador para concessão de bolsas. O Índice de Gini é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo.

“A Capes, como órgão responsável pela avaliação e financiamento da pós-graduação no país, vem implementando estratégias para ampliar o acesso à educação de qualidade, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, que historicamente enfrentam desafios socioeconômicos significativos. O modelo atual de distribuição de bolsas, que inclui o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal como um dos critérios, visa reduzir as disparidades regionais e fortalecer o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG)”, defende Lucindo Quintans, que é farmacêutico e professor do Departamento de Fisiologia da UFS.

Na correspondência publicada na Nature, o professor, que é um dos mais destacados pesquisadores da UFS, enfatizou a importância desse modelo para democratizar o acesso à pós-graduação e promover a inclusão social. Ao considerar não apenas a qualidade acadêmica, mas também as condições socioeconômicas das regiões, a Capes busca ampliar as oportunidades de formação avançada para estudantes de todo o país.

A repercussão positiva da publicação gerou manifestações de solidariedade nas redes sociais, incluindo da atual presidente da Capes, professora Denise Carvalho, que destacou o compromisso do governo em aumentar tanto o valor quanto o número de bolsas. Ela reafirmou o compromisso da Capes em continuar reduzindo as disparidades regionais no acesso à pós-graduação.

Somente na UFS, esse aumento teve um impacto significativo, resultando em cerca de 20% a mais nas bolsas de mestrado e doutorado. A expansão é avaliada como um reforço na qualidade da pós-graduação da UFS, contribuindo para a excelência acadêmica e, especialmente, para a inclusão social.

A última avaliação quadrienal da Capes, revelou resultados positivos para a UFS, com programas de pós-graduação demonstrando um significativo avanço em seus conceitos, incluindo a obtenção de cursos com nota 6, programas assim considerados de excelência. Esse progresso na consolidação da pós-graduação da UFS reflete o compromisso da instituição em promover a excelência acadêmica e científica, além de contribuir para o desenvolvimento regional e nacional, afirma o professor Quintans.

O modelo adotado pela Capes tem sido fundamental para fomentar a igualdade de oportunidades no acesso à educação de pós-graduação e impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico em áreas historicamente desfavorecidas, avalia o pesquisador da UFS.

Por Marcos Cardoso.

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3 Comments

  1. T disse:

    Parabéns ao professor pela argumentação.

  2. Luciano Santos Magalhães disse:

    Concordo com o professor. Defendi o modelo no artigo publicado em 2023 na RBPAE: https://doi.org/10.21573/vol39n12023.124610

  3. Gleison disse:

    Gostei muito desse site

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