Morreu, nesta quinta-feira (16), o jornalista e escritor Osmário Santos. Ele tinha 72 anos e era portador de Alzheimer. Colunista social por muitos anos no Jornal da Cidade, Osmário publicou os livros “Oxente! essa é a nova gente” e “Memórias de políticos de Sergipe no século XX”. O jornalista também foi o idealizador do famoso passeio de barcos tototó, que ocorreu durante anos no dia do aniversário de Aracaju
O corpo de Osmário foi velado no Cemitério Colina da Saudade, em Aracaju, tendo o sepultamento ocorrido às 16 horas, no mesmo campo santo.
Osmário no jornalismo
Osmário Santos era formado jornalismo pela Universidade Tiradentes e pós-graduado “Lato Sensu”, especialização em jornalismo político e econômico. O fascínio pelo jornalismo começou ainda menino, estudante do Colégio Salvador, em Aracaju, quando foi com os colegas de turma conhecer a redação do Diário de Aracaju, órgão integrante dos Diários Associados. Daí por diante começou a fazer o jornal mural do grêmio estudantil do colégio.
No final da década de 60, fundou o jornal “Capacidade”, que passou a ser dirigido pelo poeta Danilo Sampaio. Este periódico circulava mensalmente e tinha como público alvo os freqüentadores da Galeria de Arte Álvaro Santos em seu tempo áureo de inauguração. Os encontros aconteciam pela noite e eram marcados por bons papos.
Ainda jovem, Osmário fez estréia de programa de sociedade na Rádio Jornal. Nesta época registrou a cobertura jornalística do concurso Miss Brasil, realizado em Salvador. Com a inauguração da Rádio Atalaia, passou a colaborar no Programa Hora do Recreio, divulgando notícias da área estudantil.
Posteriormente, o irrequieto Osmário passou a fazer um programa com notícias da sociedade sergipana nas rádios Liberdade e na antiga Difusora. Nesta época, também assinava uma coluna social, aos domingos, no Jornal do Comércio (PE), que mantinha uma sucursal em Aracaju.
Ao fundar o Jornal de Sergipe, o jornalista Nazário Pimentel o convida pata edita a página diária de sociedade. Na Gazeta de Sergipe Osmário teve uma participação por dois períodos: no primeiro, assinando coluna social diária e no segundo, foi o editor do suplemento dominical ” Gazetinha”. Osmário trocou a Gazeta pelo Jornal da Cidade, onde passou a assinar o caderno Atalaia, que circulava aos sábados.
Osmário se afastou do jornalismo por um período para se dedicar ao comércio, trabalhando ao lado pai José dos Santos, na loja Magazin dos Móveis. Desse tempo, teve uma participação ativa no Clube de Diretores Lojistas de Aracaju. Como diretor social do Iate Clube de Aracaju emplacou uma movimentada programação.
Passados alguns anos volta ao Jornal da Cidade, onde assume aos domingos uma página dedicada a memória de Sergipe. A idéia do trabalho de organizar a memória sergipana surgiu quando percebeu em pesquisa que realizou no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, a disponibilidade de um único livro retratando a vida de personalidades de Sergipe: o Dicionário Bibliográfico de Armindo Guaraná. O resultado desse seu trabalho jornalístico resultou nas publicações dos livros “Oxente! essa é a nossa gente” e “Memórias de políticos de Sergipe no século XX”.