Pesquisa analisa a importância ecológica dos cupins

Um projeto está sendo desenvolvido na Universidade Federal de Sergipe (UFS) com o objetivo de analisar a vida e a importância ecológica dos cupins.  O projeto é coordenado pelo doutor em Entomologia, Paulo Fellipe Cristaldo. Os cupins exercem um papel importante no meio ambiente, sendo responsáveis pela decomposição de madeiras mortas, drenagem e ciclagem dos nutrientes do solo.

A pesquisa se iniciou há um ano e meio e é realizada a partir da pesquisa de campo e de laboratório, onde os cupins são coletados e levados para análise. O principal objetivo do projeto é analisar os mecanismos responsáveis pela a ocupação dos cupins nos ambientes com diferentes disponibilidades de recursos.

De acordo com Paulo Cristaldo, os cupins não devem ser considerados somente como pragas. “A atividade do cupim no meio ambiente, através da escavação do solo e ciclagem de nutrientes, atrai outras espécies que acabam chegando ao local. Devido a isso, ocorre o aumento da quantidade de plantas, de animais e de invertebrados que podem co-habitar no mesmo ninho”, explicou o pesquisador.

Ainda segundo o pesquisador, os cupins são insetos sociais e a sua busca por recurso e alimento ocorre de maneira coletiva. Para que isso ocorra, os cupins saem do ninho e vão para o ambiente atrás de recursos. Em seguida, voltam para o ninho e avisa aos outros indivíduos onde se encontra o alimento, por meio de uma pista química, marcada por eles.  “Imaginamos que essa trilha marcada pode ser compartilhada por diferentes espécies de invertebrados possibilitando a existência de outras espécies no mesmo local”, relatou.

Resultados

A pesquisa observou que os cupins são capazes de compartilhar trilhas através de pistas químicas, e apresentam um importante papel funcional nos ecossistemas neotropicais, por participarem ativamente da ciclagem de nutrientes. Estes insetos alteram as propriedades físicas e químicas do solo contribuindo para maior aeração e retenção de água, enquanto seus ninhos servem como abrigo para outras espécies de invertebrados.

Texto e foto: Fapitec/SE (Crédito/casa.umcomo.com.br)