O município de Estância, no sul sergipano, conta com uma indústria especializada na produção de embalagens metálicas para grandes empresas, como Coca-Cola e Heineken. É a fábrica da Crown, instalada em Sergipe desde 2009. A planta industrial produz 1.7 bilhões de latas ao ano e gera emprego e renda para 147 trabalhadores diretos e 72 indiretos.
Desde que se instalou em Sergipe, a empresa já passou por uma expansão, como conta o gerente industrial da Crown no estado, Willyam Bonato. “Desde 2009, estamos instalados aqui em Estância, onde iniciamos nossas operações com a primeira linha de produção. Em 2013, expandimos nossa capacidade com a instalação da segunda linha, o que nos permitiu aumentar significativamente nossa produção de latas de aluminio”, revela.
Muitas latas de refrigerantes, cervejas e bebidas com ou sem teor alcoólico que a população encontra nas prateleiras são produzidas pela fábrica: “A unidade atende desde grandes clientes, como o grupo Petrópolis, Coca-Cola, Ambev e Heineken, até pequenos clientes produtores de cachaça, águas, sucos e chás”, completa Willyam Bonato.
Tecnologia e sustentabilidade
As latas de alumínio são reconhecidas pela capacidade de reciclagem, retornando às prateleiras em apenas 60 dias e podendo repetir esse ciclo mais de 120 vezes ao longo de duas décadas. E é exatamente assim que elas são produzidas na Crown.
De acordo com o gerente industrial, 95% da matéria-prima vem do alumínio reciclado a partir das latas amassadas retiradas durante o controle de qualidade e também adquiridas de cooperativas de catadores de latas. Os outros 5% são compostos por bauxita extraída da natureza. As matérias-primas misturadas se tornam uma folha de alumínio, que entra no processo de produção da fábrica em uma grande bobina de 13 toneladas.
A produção começa com a folha de alumínio entrando na máquina de conformação, que recorta o corpo da lata. Na sequência, segue para o estiramento, que estica o material para adquirir o formato de copo. Depois, a lata passa pela washer, que lava aproximadamente 4.200 latas por minuto. A máquina decoradora vem logo em seguida e é responsável por pintar o rótulo do cliente nas latas, com capacidade de pintar duas mil latas por minuto.
Após a pintura dos rótulos, as latas seguem para a máquina necker, que reduz o diâmetro superior da lata, formando o “pescoço”. Na sequência, a máquina flanger prepara o topo da lata para poder receber a tampa. As latas seguem para o controle de qualidade. Caso tenham amassos, são ejetadas e encaminhadas para a reciclagem para servir de matéria-prima para um novo ciclo de produção. Por fim, as latas aprovadas no controle seguem para os pallets e ficam prontas para saírem da fábrica.
Com o grande porte das máquinas no parque industrial, o processo de produção é altamente tecnológico e eficiente, segundo avalia Willyam Bonato. “A fábrica é totalmente automatizada. Possuímos um sistema supervisório que nos auxilia na tomada de decisões, acompanhamento de eficiência, equipamentos de perdas e produtividade. Então, temos todo o sistema integrado para que a gente consiga controlar a fábrica com melhor eficiência e êxito”, explica.
Fonte : G/S (Fotos: Foto Arthuro Paganini/GS)