Comer em casa ficou mais caro em junho passado — com alta nos preços do leite e derivados (3,8%), dos tubérculos (2%) e cerais (0,77%), em especial o arroz, com aumento de 2,3%. E isso afetou principalmente as famílias de renda muito baixa, explicou o Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o relatório, a inflação desacelerou para todos os recortes entre maio e junho deste ano, entretanto, a população mais pobre viu uma queda menor — indo de 0,46% para 0,21%.
No outro extremo, as pessoas com renda alta viram o índice ir de 0,43% para 0,04%. Para efeito de comparação, a redução para as famílias de baixa renda foi de pouco mais da metade, enquanto a população de alta renda percebeu uma queda de dez vezes na inflação no mesmo período. A parcela mais rica da população foi “favorecida, sobretudo, pela queda das tarifas aéreas e dos transportes por aplicativo”, explica o relatório do Ipea.
Apesar da irregularidade no comportamento mensal do indicador, apenas as pessoas com renda alta tiveram redução geral nos preços no acumulado de doze meses, passando de 0,10% em junho de 2023 para 0,04% neste ano. “De forma geral, o aumento da inflação, em junho de 2024, relativamente a junho de 2023, é explicado pela piora no desempenho dos alimentos no domicílio e do grupo saúde e cuidados pessoais, além de uma deflação menos intensa do grupo transportes”, detalha o documento.
Fonte: Portal R7 (Foto: Agência Brasil)