O grupo de pesquisa “Xique Xique” da Universidade Federal de Sergipe (UFS) lançou a cartilha “Me Deixe Viver: juntos/as pelo fim da violência doméstica”, que visa informar e conscientizar a comunidade sobre as diversas violências domésticas sofridas em diferentes ambientes. Além de identificar as violências, a cartilha também orienta sobre como denunciar. Pensada para material pedagógico e totalmente interativo, a cartilha conta com uma linguagem fácil e imagens para que atinja seu público-alvo.
Patrícia Rosalba, professora responsável pelo Grupo Xique Xique e organizadora da cartilha, explica sobre o lançamento o material informativo no final do mês de agosto, conhecido como mês lilás pela luta para o fim da violência contra a mulher. Ela lembra que, em 2013, uma servidora da UFS foi vítima de feminicídio. “A cartilha foi pensada a partir dos estudos que fazemos na área de gênero e sexualidade, e criada para ter uma linhagem direta que chegue a qualquer público de qualquer idade. Nosso grupo sempre dialoga com a comunidade acadêmica, e juntos gritamos contra todas as formas de violência que nos atingem”, explica a professora.
Samuel Rabelo, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (Ppga/UFS) e integrante do Grupo de Pesquisa da UFS, Xique Xique, afirma que o desenvolvimento da cartilha foi pensado para transmitir essas informações especializadas de forma acessível. “Desenvolvemos ações e atividades em torno de temáticas que perpassam as questões de relação de gênero, etnia, sexualidade e demais expressões contemporâneas. Essa cartilha chega como material pedagógico, justamente para aprender que a violência doméstica possui marcadores de classe, raça, gênero, sexualidade e que esses marcadores precisam ser evidenciados”, declara o integrante do grupo.
Como denunciar
Para denunciar qualquer tipo de violência contra mulher existem canais de atendimento 24h por dia. A Polícia Militar pode ser acionada pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp-190), nas situações que o crime esteja ocorrendo. O Disque-Denúncia da Polícia Civil, no número 181. Em ambos o anonimato é garantido. Outro recurso é a Delegacia de Defesa da Mulher que pode ser acionada a qualquer momento.
Fone e foto: Ascom/UFS